Até a dupla mais longeva do vôlei de praia brasileiro chegou ao fim. Nesta terça-feira, Maria Clara e Carol, filhas da ex-jogadora de vôlei Isabel, anunciaram que não jogam mais juntas. Maria Clara já está em Klagenfurt, na Áustria, jogando etapa do Circuito Mundial ao lado de Lili. Carol espera Rebeca voltar da licença maternidade para anunciar sua nova parceira.
A separação das irmãs, que jogavam juntas há 11 anos, é só mais um capítulo da crise vivida no vôlei de praia brasileiro. Nos últimos 20 meses, todas as 10 principais duplas do País foram refeitas. A consequência disso é que o Brasil tem sua pior temporada no Circuito Mundial, sem nenhum título no masculino e duas modestas conquistas no feminino.
No começo do ano passado, a CBV decidiu montar uma seleção e formar as duplas de acordo com seu interesse. Sem Juliana e Rebecca, cortadas, a entidade uniu Maria Elisa a Ágatha, e Bárbara Seixas a Lili. As parcerias mantidas acabaram nas duas primeiras colocações do Circuito: Talita/Maria Elisa e Maria Clara e Carol.
Quando o ano de 2014 começou, a CBV alterou o formato de seleção, convocando duplas. Mas tudo mudou nos últimos meses, com o fim da seleção permanente e a volta de Larissa ao vôlei de praia. Ela convidou Talita, que deixou Taiana "solteira". Essa se uniu a Fernanda Berti. Elize Maia sobrou.
Enquanto isso, Maria Clara e Carol vinham muito mal na temporada. Em sete etapas de Grand Slam, só chegaram uma vez às quartas de final. Mesmo no Circuito Brasileiro elas quase não subiram ao pódio. Em Long Beach, na semana passada, nem passaram do qualifying. Não havia outra solução senão encerrar a dupla.
Lili, que estava fora do Circuito Mundial porque sua parceira, Duda, joga os Mundiais de base, foi convidada de última hora. Chegou segunda-feira à noite à Áustria e estreou a dupla com Maria Clara nesta terça, sem nenhum treino. Elas ganharam de um time canadense e avançaram à chave principal do Grand Slam.
Assim, agora são seis as duplas de bom nível no vôlei de praia brasileiro: Lili/Maria Clara, Carol/Rebecca, Juliana/Maria Elisa, Larissa/Talita, Fernanda Berti/Taiana e Ágatha/Bárbara Seixas. Nenhuma desses times jogou assim no Circuito Mundial do ano passado.
Claro que o foco está nos Jogos do Rio/2016, mas é importante frisar: quem vai montar as duplas na Olimpíada é a CBV, que pode escolher as atletas a partir das suas seis melhores duplas no ranking mundial.
MASCULINO - Entre os homens os resultados são ainda piores do que no feminino. O País tem hoje apenas quatro duplas competitivas. Alison/Bruno Schmidt e Emanuel/Pedro Solberg são parcerias montadas este ano. Ricardo e Álvaro Filho jogaram juntos o Circuito Mundial ano passado, mas se separaram nos torneios nacionais, que consomem metade da temporada. Evandro e Vitor Felipe foram unidos durante o ano passado. Desde então, só fizeram uma semifinal.
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