Final de ano é a época em que muita gente troca de smartphone, videogame ou sofá, mas o período também pode ser oportuno para quem planeja comprar um imóvel na RMVale. Esta é a época de promoções, de 13o salário e Black Friday.

“As pessoas fazem investimento no final do ano porque há financiamento bancário com juros e prazos muito bons, de até 30 anos; as empresas voltam a ofertar (imóveis), retiram os projetos engavetados e oferecem ao mercado. Como temos baixo estoque de unidades móveis, o momento é oportuno para investimento de quem procura imóvel”, disse Frederico Marcondes César, vice-presidente do Secovi (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação ou Administração de Imóveis Residenciais ou Comerciais) do interior paulista.
Mesmo com a crise econômica, o mercado imobiliário é um dos poucos aquecidos, graças principalmente à venda de apartamentos econômicos, aqueles de 42m² a 50m² e dois dormitórios, do programa habitacional do governo, Casa Verde e Amarela.
Produzidos em parceria com as construtoras, esses imóveis têm financiamento de até R$230 mil; nas cidades menores, pode ser de R$130 mil.
“Nos últimos seis anos, 75% dos imóveis lançados e comercializados nas dez regionais, inclusive em São José dos Campos, foram imóveis qualificados como econômicos. Em 2021, percebemos que eles não perderam fôlego, mas outra categoria que ganhou fôlego foi a dos apartamentos de dois a três dormitórios com 60m2 e 80m2, respectivamente. A demanda reprimida é muito grande. Até o mercado de classe média e média alta está aquecido, as empresas começaram a ofertar apartamentos de até quatro dormitórios”, relata Marcondes César em entrevista exclusiva à Metrópole.
A manutenção das atividades da construção civil em 2020 e 2021 teve grande importância no sucesso do mercado imobiliário. Assim como alimentação, o setor foi classificado como necessidade básica pelo governo, de modo que canteiros de obras e plantões de vendas produziram e venderam durante as fases mais críticas da pandemia de Covid-19.
Segundo dados do IBGE, no semestre encerrado em julho de 2021, a construção contratou com carteira assinada 23% a mais do que no mesmo período de 2020, o que equivale a 1,3 milhão de pessoas, muitas delas com pouca ou nenhuma qualificação.
Mesmo com as vantagens típicas de final de ano, “garimpar” continua indispensável, já que tantos fatores influenciam o preço de um apartamento ou casa - localização e estado de conservação do imóvel, custo de vida no município, características e custo do terreno, entre outros.
Em São José dos Campos, cujo m2 é o mais caro da RMVale, uma casa de padrão médio/alto, em condomínio fechado, pode custar entre R$10 mil e R$12 mil por m2. Um apartamento padrão (de dois ou três dormitórios) custa em média R$5 mil por m2. Não à toa, afinal, a cidade está entre as 100 mais ricas do país e atrai muitos investimentos. Já Taubaté e Jacareí, que também estão entre as mais ricas, têm faixas de preços similares e um pouco abaixo da joseense - quase R$4 mil.
Além dos motivos básicos, o presidente do Secovi lembra outro item que encarece o imóvel na capital do Vale - o estoque baixíssimo de unidades. “De 800 unidades novas disponíveis, São José absorve média histórica mensal de 350 unidades, o estoque só dá para três ou quatro meses. O resultado é a falta de imóveis e consequente aumento de preços”. Além disso, as construtoras pagam contrapartidas e tributos como ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza), IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), ITBI (Imposto Sobre a Transmissão de Bens Imóveis) e PGT (Pólo Gerador de Tráfego), que também sobrecarregam o preço final.
No Litoral Norte, o turismo puxa a alta dos preços. “Nas melhores praias e avenidas de Caraguatatuba e Ubatuba, o m2 custa R$10 mil. O perfil do investidor é voltado ao turismo, com mais capacidade de investimento”.
“De 800 unidades novas disponíveis, São José absorve média histórica mensal de 350 unidades, o estoque só dá para três ou quatro meses. O resultado é a falta de imóveis e consequente aumento” Frederico Marcondes César, vice-presidente do Secovi.
O programador T.C.B., de 34 anos, que pediu para não ser identificado, está decidido a comprar um apartamento em São José por até R$300 mil, aproximadamente, mas a procura já virou uma saga.
“Os preços de compra estão aumentando cada vez mais, em especial na zona sul. E quando aparece uma boa oferta, ela é comprada muito rápido”, conta. “Algumas condições do prédio desanimam, como vaga de garagem muito apertada, portaria que não é 24h, falta de segurança; apartamento com acabamento ruim, infiltrações, medidas de cômodos mal distribuídas, muita coisa para reformar”, desabafa o profissional.
Ainda assim, ele acredita que vale a pena. “É um investimento de longo prazo e, inclusive, posso alugar depois”.
T.C.B. está atento a vários detalhes, mas o presidente do Secovi lembra mais itens com os quais se preocupar ao procurar imóvel. Confira:
• Comparar os preços;
• Verificar a idoneidade da empresa construtora
• Checar se a documentação está correta
• Conferir se os projetos foram aprovados e registrados nos órgãos competentes
• Procurar saber se a empresa deu atenção e manutenção aos empreendimentos entregues
• Escolher um bom local, pois isso valoriza o imóvel no curto, médio e longo prazo
• Pesquisar o mercado para ver se preço cobrado é compatível
• Desconfiar de preços muito baixos
• Checar juros bancários com taxas interessantes

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