O aumento da taxa Selic para 11,75% a.a. definido na última reunião do Copom, realizada em março, é um ponto de atenção para o mercado imobiliário. Afinal, o financiamento imobiliário SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) é um dos grandes impulsionares do setor.
Uma prova disso é que em 2021, a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) divulgou um novo recorde na contratação de financiamentos imobiliários (R$ 205 bi), e os Indicadores ABRAINC-Fipe também registraram recorde histórico da série em relação a vendas e lançamentos. Em relação a 2020, as vendas cresceram 4% e os lançamentos tiveram alta de 27%.
Para o ano de 2022, investidores têm se mostrado apreensivos com o possível desempenho do mercado imobiliário em função do aumento na Selic.
Primeiramente, vale dizer que para o mercado Casa Verde e Amarela, que corresponde a 80% das unidades produzidas nos últimos anos, o financiamento habitacional é proveniente do FGTS, sendo assim, as taxas de financiamento não apresentam correlação com a Selic.
Já para o mercado de Médio e Alto Padrão (MAP), cujo financiamento depende dos recursos da poupança, deve haver um aumento nas taxas. Porém, a magnitude desse aumento tem sido bem menor do que a elevação da Selic. Enquanto a Selic subiu 8,75% de jan./21 a jan./22, as taxas médias de financiamento habitacional subiram apenas 1,95%.
Como existe um teto para a remuneração da poupança (0,5% a.m.), é esperado que a elevação das taxas de financiamento seja ainda menor. A Abecip estima que as contratações de crédito imobiliário neste ano devem apresentar um ritmo similar ao de 2021. A expectativa da entidade é que 2022 seja o segundo ano com maior volume de contratações da história (apenas um pouco inferior a 2021).
Uma pesquisa sobre a jornada de compra de imóveis realizada em 2021 pela Brain, a pedido da ABRAINC, com mais de 800 de pessoas que compraram um imóvel no ano passado, mostra que a maior parte desses compradores pretendem manter o negócio mesmo com aumento da taxa de juros.
De acordo com o levantamento 71% dos entrevistados disseram que a taxa é um item fundamental na compra do imóvel e quando questionados sobre qual o item mais importante para efetivar a compra, o valor da taxa apareceu em 3º lugar.
- 69% dos entrevistados manteriam a compra se a taxa aumentasse 0,5%;
- 65% dos entrevistados manteriam a compra se a taxa aumentasse 1,5%.
Atualmente os bancos oferecem financiamento em até 40 anos, o que permite reduzir o valor da parcela inicial. Além disso, a portabilidade possibilita que a taxa seja reduzida ao longo do contrato, por isso 58% dos entrevistados disseram que aceitariam alongar o tempo do financiamento para manter o valor da parcela.
A agilidade para conseguir o financiamento foi também um dos itens perguntados na pesquisa e 74% dos compradores disseram que conseguiram obter o financiamento no tempo adequado.
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