Por Agência Brasil Em Meon Menu Atualizada em 10 ABR 2021 - 12H41

A chef Di Oliveira ensina a preparar molho pesto de baru com manjerona e azeite

Castanha do Cerrado pouco conhecida, o baru é rico em nutrientes


chef de cozinha Di Oliveira

A chef de cozinha Di Oliveira é proprietária do Brasis Ateliê Gastronômico, restaurante em Brasília que utiliza muitos elementos do Cerrado em seus pratos, como o pequi, o murici, a castanha-de-baru, o cajuzinho-do-cerrado e a framboesa-do-cerrado.

Segundo ela, ainda falta muito para que os ingredientes da região se tornem populares. “Além do pequi, acho que o brasileiro não usa [outros ingredientes] porque não tem conhecimento. Precisamos divulgar mais os frutos do Cerrado e suas propriedades e sabores! Sinto que as pessoas estão em busca dessas experiências.”

Di Oliveira diz que é possível valorizar e preservar o Cerrado por meio da gastronomia. “Criar pratos e mostrar a nobreza desses ingredientes que são tão fortes e saborosos. Eu sinto essa necessidade, amo essa diversidade e a riqueza que ele oferece. São muitos sabores. Acho que hoje o Cerrado perde muito com as queimadas e, por conta disso, muitas vezes ficamos sem produtos no mercado. O cuidado, a preservação, é fundamental para o crescimento dos produtores. E também mais apoio para eles possam continuar a produção.”

Uma das receitas criadas por Di Oliveira é o molho pesto de baru com manjerona e azeite, que pode ser degustado com pasta, pães e risoto.

Molho pesto de baru

200g de baru torrado e sem casca.

200g de queijo parmesão

100g de folhas de manjerona

500ml azeite

sal a gosto

Pimenta a gosto.

Bata tudo no liquidificador

E pronto: agora é só usar a criatividade para servir!

O baru 

Baru é uma castanha nativa do Cerrado. A oleaginosa tem propriedades antioxidantes, é rica em vitamina E, zinco, ferro, potássio, cálcio, fósforo, magnésio e ácidos graxos. Além de ajudar a diminuir o colesterol e a combater doenças cardiovasculares, estudos mostram que o baru também ajuda a diminuir os riscos de Alzheimer, diabetes, obesidade e câncer.

O Cerrado

O Cerrado está presente em 11 estados brasileiros e no Distrito Federal. Isso sem contar os enclaves no Amapá, Roraima e Amazonas. O segundo maior bioma brasileiro, que ocupa uma área total de 2.036.448 km², é conhecido como a savana com a maior diversidade do planeta.

É também o mais ameaçado em território nacional. Estima-se que mais de 50% da sua cobertura original tenha sido desmatada nos últimos anos.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, inúmeras espécies de plantas e animais do Cerrado correm risco de extinção. Estima-se que 20% das espécies nativas e endêmicas já não ocorram em áreas protegidas e que pelo menos 137 espécies de animais do Cerrado estão ameaçadas de extinção. Nas três últimas décadas, o bioma vem sendo degradado pela expansão da fronteira agrícola brasileira.

O Cerrado também tem grande importância social. Muitas populações sobrevivem de seus recursos naturais, incluindo etnias indígenas, geraizeiros, ribeirinhos, babaçueiras, vazanteiros e comunidades quilombolas que, juntas, fazem parte do patrimônio histórico e cultural brasileiro, e detêm um conhecimento tradicional de sua biodiversidade.

Apesar do reconhecimento de sua importância biológica, apenas 8,21% do seu território está legalmente protegido por unidades de conservação.


Castanha do Cerrado é conhecida como baru


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