Por Júlia de Souza Maganin Em Alunos Atualizada em 08 SET 2020 - 11H47

Dificuldades de ensino e aprendizagem na quarentena

A difícil adaptação de professores e alunos das aulas presenciais para o ensino à distancia

Em março de 2020 fomos pegos de surpresa por uma pandemia mundial da Covid-19. Diante desse novo cenário nos vimos obrigados a mudar nossa rotina e principalmente o modo de ensino e aprendizagem.

Foram necessárias mudanças radicais para que fosse possível o ensino à distância. A tecnologia, na maioria das vezes, é uma vantagem no dia a dia e nos permite fazer muitas coisas com mais facilidade.

Porém, ela também pode ser uma ferramenta desafiadora de usar e acabar trazendo algumas dificuldades.

Como é ser professor na quarentena

Para os professores, o desafio se faz presente em muitos momentos, como por exemplo, usar a internet para dar aula. O ensino teve que se adaptar para aulas em vídeo, entregas de trabalhos e atividades via internet e provas online.

Muitos dos professores não sabiam como usar a tecnologia para ensinar e não tiveram opção a não ser aprender repentinamente. A responsabilidade de ser professor ficou ainda maior quando existe a possibilidade da conexão falhar e uma turma inteira ficar sem aula.

As horas de trabalho aumentaram, uma vez que o professor deve estar sempre atento para responder uma mensagem de um aluno ou de um responsável. Não se compara falar olhando no olho dos alunos e dar aula para fotos, pois a maioria deles não gosta das câmeras.

E muitos professores ainda precisam conciliar a rotina de casa, como cuidar dos filhos que também estão na aula online e ajuda-los, fazer comida e cuidar da casa, com o ensino a distância.

E para os alunos?

Para quem é aluno também não está sendo fácil. A saudade dos amigos aperta. O aprendizado se torna muito mais difícil quando o professor não está presente fisicamente e quando em casa existem muito mais distrações e não tem ninguém para te observar, sendo assim mais fácil tirar a atenção da aula.

Surge a vergonha de fazer uma pergunta e atrapalhar ou de aparecer na câmera do computador. Para todos é complicado se concentrar em aprender quando a rotina muda drasticamente e a adaptação é obrigatória.

Também podem ter os problemas com internet instável e se existe alguma dúvida, ou um problema com notas por exemplo, a demora para resolver é maior. Além disso, em alguns casos o tempo de aula é menor, o que pode ser prejudicial ao aprendizado.

A falta de Internet e equipamentos

Em muitos lugares do Brasil, comunidades carentes ficaram sem acesso ao ensino pela falta de uma rede de internet e computadores ou celulares para assistir as aulas.

Crianças e jovens se encontram sem contato com a escola desde o início da pandemia - que já dura mais de 5 meses. Os responsáveis também sofrem por não terem com quem deixar os filhos.

A pandemia aumentou a desigualdade do país já que agora uma parcela do povo brasileiro não tem acesso à educação. Professores das periferias estão sem dar aula e por isso, sem receber salário. Alguns deles em atitudes de total bondade correram o risco de se expor ao coronavírus para não deixar seus alunos sem estudar.

Apesar dessas dificuldades, houve campanhas para disponibilizar internet e materiais necessários como apostilas feitas por órgãos públicos. A prefeitura de algumas cidades e algumas empresas privadas, como a Claro, tiveram essas iniciativas.

Saúde Mental

Para professores e alunos, a dificuldade em comum encontrada foi manter a saúde mental estável diante de um cenário tão desafiador. Além de se preocupar com o desempenho tanto profissional quanto estudantil, a preocupação maior é de se proteger do vírus e pensar quando tudo isso vai acabar.

Esses pensamentos não saem da cabeça e grande parte da população desenvolveu ansiedade e outras doenças psicológicas nessa pandemia. Por isso é importante entender que nem tudo precisa ser perfeito e que todos estamos passando por um momento difícil.

Fique atento a sua saúde mental e física e lembre-se sempre de praticar o autocuidado.

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Com supervisão de Nicole Almeida. 

Escrito por:
Júlia Maganin (Arquivo Pessoal )
Júlia de Souza Maganin

Aluna do 2° ano do Ensino Médio Técnico do Colégio Univap, em São José dos Campos

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