Neste momento o mundo se encontra em um período complicado, com várias dificuldades. Uma delas, e uma das mais importantes, é o impacto que a pandemia pode causar na educação e ensino nas escolas. Mas, as aulas presenciais realmente deveriam voltar? Veja a seguir vantagens e desvantagens sobre o retorno das aulas presenciais.
Vantagens:
1- Ensino "frente a frente";
2- Os alunos conseguirão compreender a matéria melhor;
3- Com uma pandemia, em que alunos não têm contato direto com professores, a dificuldade de aprender o conteúdo apresentado é grande.
Desvantagens:
1- Aumento significativo dos casos da doença;
2- Aumento, tanto das infecções, quanto das mortes;
3- Caso as aulas não voltem, haverá um grande impacto na área da educação.
Diversos alunos e seus responsáveis foram questionados se aceitariam ou não um retorno às aulas presenciais.
"Eu sou totalmente contra porque as crianças não tomam o cuidado necessário para ficarem livres deste vírus. Caso volte às aulas, a pandemia vai aumentar, fazendo com que muitas pessoas corram riscos. Sou a favor de uma volta às aulas depois de criada a vacina contra o coronavírus”, afirmou a mãe de uma estudante da escola Joaquim Vilela Oliveira Marcondes, em Guaratinguetá
"Eu não sou a favor da volta às aulas, pois eu tenho duas crianças pequenas e elas não têm noção nenhuma de higiene e noção nenhuma do perigo. Eu não aprovo eles voltarem à escola até que a vacina esteja disponível", disse Cintia Yamanaka.
"Na atual situação, acho totalmente inadequada a volta às aulas presenciais, fato que vai elevar muito o número de casos, pois não será possível controlar de forma eficaz a transmissão dentro das escolas. Se com os adultos já está difícil a conscientização quanto ao uso correto da máscara e distanciamento ideal de 2 metros, acredito que com as crianças vai ser praticamente impossível. Fora que as crianças ou adolescentes moram junto de outras pessoas, algumas do grupo de risco, tornando ainda mais perigoso. Sem falar da condição das escolas públicas, onde se falta de tudo, como garantir acesso a sabão e álcool gel?”, alegou outra mãe.
“A situação é complicada, mas na minha opinião o retorno às aulas presenciais devem ser prorrogadas até se ter um melhor controle da pandemia ou a chegada da vacina, mesmo porque esse ano já está quase no fim. Temos que preservar nossos filhos, não os expondo a tamanho risco", diz Rita de Cássia Vieira.
"Eu sou contra a volta às aulas, até que tenhamos a vacina, até porque na maioria dos casos de crianças contaminadas elas são assintomáticas, podendo levar o vírus para casa, até mesmo aos professores", reiterou Ana Claudia de Oliveira Iamanaka.
Surtos registrados
Mesmo com alguns estudos defendendo a reabertura de instituições de ensino, há relatos de surtos em escolas pelo mundo, sobretudo nas secundárias, com alunos mais velhos.
Um dos maiores surtos de coronavírus na Nova Zelândia aconteceu em março em uma escola marista de Auckland, com 96 casos relacionados. O caso começou com um professor contaminado, que teria espalhado o vírus a mais pessoas. Em uma escola primária próxima, não houve casos.
Em Israel, uma escola secundária de Jerusalém registrou contágio de 153 alunos e 25 professores em maio. A escola foi fechada e a imprensa local noticiou que um professor "super-disseminador" tinha sido a origem do surto.
No Estado americano da Geórgia, 260 funcionários da rede de escolas do condado de Gwinnett testaram positivo para Covid-19 ou entraram em quarentena por ter contato confirmado com infectados. Apesar disso, eles estão sendo obrigados a organizar a retomada das aulas nas próximas semanas, o que gerou protestos do sindicato de professores.
No Brasil, por mais que as medidas já adotadas no país tenham surtido efeito, elas precisariam ser mais severas para efetivamente controlar a doença. No cenário atual, o número de casos continuaria aumentando.
Veja alguns dos principais desafios da volta às aulas:
- Impacto emocional nos alunos e profissionais da educação;
- Abandono e evasão escolar;
- Retorno gradual com precauções com a saúde;
- Cumprimento da carga horária exigida por lei;
- Avaliação diagnóstica e recuperação da aprendizagem;
- Comunicação frequente com os pais e responsáveis;
- Articulação entre instituições locais que impactam a política educacional;
- Contextualização das ações no nível da escola;
- Atendimento intersetorial como esforço perene;
- Institucionalização de políticas de recuperação da aprendizagem;
- Fortalecimento da relação família-escola;
- Tecnologia como aliada contínua.
Com supervisão de Nicole Almeida.
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