Basta de rimar
Pobreza com a cor da minha pele
Preta, preta, preta
Basta
De desemprego, dor, preconceito
Minha raça preta, forte
É metade da gente que vive o Brasil indigente
A carta de alforria
Não deu liberdade
Comida no prato
Trouxe só fantasia
São vítimas de incertezas
Promessas divergentes
Mentiras estruturais
Anfibologia
Histórias que não contam
Índices que não somam
A bala perdida
Tantas perdas esquecidas
Minha gente negra
Do verso e reverso
Do choro e do riso
Que luta e não basta
Essa luta que me faz
Ser negra
De negras mãos
Negras mamas
Negra alma
Negra
nos traços,
nos passos,
no punho cerrado
E sou coragem
Para bastar-me
E para lutar
Para continuar
A mudar
Com supervisão de Giovana Colela, jornalista do Grupo Meon.
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