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Riqueza científica negra

Confira mais um texto participante do Meon Jovem

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Escrito por Raul De Andrade e Pedro Tolentino

08 NOV 2023 - 17H51 (Atualizada em 28 FEV 2024 - 09H55)

A ciência e tecnologia são inerentes ao ser humano, por conta dos questionamentos e curiosidade pelo saber.

Atualmente observa-se os Estados Unidos e os países europeus como berço da ciência moderna, mas é válido ressaltar que a ciência é todo o conhecimento acumulado, e é na África que este aflorou pela primeira vez. Aliás, quem foram os precursores dos saberes agrícolas? Plantar e colher? Ou então quais foram as primeiras civilizações organizadas politicamente? O fóssil Ardi, encontrado no norte da Etiópia, pois africano, nos indica o início da humanidade neste continente e consequentemente responde a tais perguntas.

Os primeiros reis, ricos, mestres, políticos, guerreiros, alquimistas e médicos são da África. O Egito Antigo, por exemplo, foi uma civilização organizada politicamente, com domínio da escrita, da pesca, agricultura e arquitetura (pirâmides mundialmente reconhecidas). E além desses, há os avanços medicinais, promovidos pelos rituais de mumificação, o qual derivou as primeiras cirurgias, instrumentos e conhecimentos anatômicos.

Outra Tecnologia desenvolvida por pessoas negras é a metalurgia, a qual é cotidianamente associada à Revolução Industrial, porém ainda no continente africano existiam forno de cupinzeiros capazes de atingir 1.800 °C de temperatura, ou seja, fundir o ferro, ainda no período da antiguidade.

Esses saberes, fazeres e repertório do conhecimento está no Brasil também. A diáspora, dispersou esse conhecimento por todo o país, se apossou desta ciência. A riqueza da população negra escravizada, produziu as principais riquezas nacionais, como a manufatura do açúcar nos engenhos de cana, o garimpo do ouro, assim como as lavouras de café. Todas essas atividades foram possíveis por conta de técnicas negras, que persistem sendo embranquecidas e discriminadas.

Um intelectual e filósofo peruano, Anibal Quijano, conceitua este processo nomo “Colonialidade do Poder”, retratando a apropriação e exploração das experiências dos povos negros forçados a migrarem para a América.

Com supervisão de Isabela Sardinha, jornalista do Meon Jovem.





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Raul De Andrade e Pedro Tolentino

3º ano do ensino médio - EEEMI Professora Maria Dolores Veríssimo Madureira - SJC

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