A ciência e tecnologia são inerentes ao ser humano, por conta dos questionamentos e curiosidade pelo saber.
Atualmente observa-se os Estados Unidos e os países europeus como berço da ciência moderna, mas é válido ressaltar que a ciência é todo o conhecimento acumulado, e é na África que este aflorou pela primeira vez. Aliás, quem foram os precursores dos saberes agrícolas? Plantar e colher? Ou então quais foram as primeiras civilizações organizadas politicamente? O fóssil Ardi, encontrado no norte da Etiópia, pois africano, nos indica o início da humanidade neste continente e consequentemente responde a tais perguntas.
Os primeiros reis, ricos, mestres, políticos, guerreiros, alquimistas e médicos são da África. O Egito Antigo, por exemplo, foi uma civilização organizada politicamente, com domínio da escrita, da pesca, agricultura e arquitetura (pirâmides mundialmente reconhecidas). E além desses, há os avanços medicinais, promovidos pelos rituais de mumificação, o qual derivou as primeiras cirurgias, instrumentos e conhecimentos anatômicos.
Outra Tecnologia desenvolvida por pessoas negras é a metalurgia, a qual é cotidianamente associada à Revolução Industrial, porém ainda no continente africano existiam forno de cupinzeiros capazes de atingir 1.800 °C de temperatura, ou seja, fundir o ferro, ainda no período da antiguidade.
Esses saberes, fazeres e repertório do conhecimento está no Brasil também. A diáspora, dispersou esse conhecimento por todo o país, se apossou desta ciência. A riqueza da população negra escravizada, produziu as principais riquezas nacionais, como a manufatura do açúcar nos engenhos de cana, o garimpo do ouro, assim como as lavouras de café. Todas essas atividades foram possíveis por conta de técnicas negras, que persistem sendo embranquecidas e discriminadas.
Um intelectual e filósofo peruano, Anibal Quijano, conceitua este processo nomo “Colonialidade do Poder”, retratando a apropriação e exploração das experiências dos povos negros forçados a migrarem para a América.
Com supervisão de Isabela Sardinha, jornalista do Meon Jovem.
Boleto
Reportar erro!
Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:
Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.