Eu sempre li furiosamente livros distópicos e de fantasia. Vivenciei o garoto bruxo (não mencionaremos a franquia pela autora!) tendo sua vida revirada pela magia recém-descoberta. Chorei com a Clary — Instrumentos Mortais — descobrindo que tudo o que sabia até agora não era mais válido.
A ironia foi quando, em uma sexta-feira, estava na sala de aula, o professor casualmente trazendo luz à Covid-19 e, no domingo seguinte, estava trancada em casa. Dia 24 de março de 2020, é o que os jornais noticiaram como o primeiro dia de quarentena do Estado de São Paulo. Eu não saberia te contar. O tempo parece 1 segundo enquanto traz mudanças de 1 década.
Depois de tanto tempo, a quarentena se fez de isolamento para mim. Faz tanto tempo que não tomo Sol que não me surpreenderia se o Jacob — Crepúsculo — decidisse aparecer nessa distopia que chamamos 2020.
Nem vou mencionar as loucuras complementares de 2020. Brasileiro acorda todo dia sem saber o seu próximo. Queimadas, privatização do SUS, EAD, vacina. Tantas informações percorrem as nossas mentes e, no meio disso, eu me pergunto quantos artistas estão se expressando antes de serem calados pela sociedade de um jeito ou de outro.
Esse tempo tão incerto e imensurável que traz consigo a ideia de socialização. Estou há 7 meses sentada em uma mesa de estudos, parece que não me mexi, mas ao mesmo tempo foram tantas memórias que eu poderia até escrever uma carta de amor para essa fiel companheira.
No meio de todas essas reviravoltas de enredo, espero que você, assim como eu, permaneça com um mínimo de esperança, e se já não te resta vontade, espero que esse curto texto tenha sido a Mary de seu Colin — Jardim Secreto.
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Com supervisão de Samuel Strazzer, jornalista do Portal Meon.
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