Gelo
preso pelas correntes nascidas na minha pele
pela corda que amarra os meus ossos
sentenciado a viver tudo que posso acorrentado
com um narrador que me escreve
suco gástrico que eu bebo como água,
sobrevivendo pelo meu próprio ácido.
uma mistura que escorre pela minha carne
de sangue e suor.
eu arranco a minha pele, furo minhas unhas por dentro da minha carne
mostrando a gordura amarela e esponjosa que vive debaixo de todo o sangue.
cortando pedaços que poderiam ser usados para fazer banha
e eu serviria um uso para a sociedade
talvez o meu cérebro congelado sirva para algo.
para se lembrar de um momento raro na história
que eu consiga olhar no espelho
e não sentir que estou vendo escória
e talvez isso nem seja um poema,
sem sentimentos que eu não sei escrever.
e sim uma fantasia antiga
que eu espero um dia viver
e isso não deveria ser a minha morte,
muito menos o meu sofrimento
não existe beleza mais bela
do que a visão do puro tormento
Beatriz Guedes Oliveira Golasqui da EE Maj Av José Mariotto Ferreira
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