Na última sexta feira (24), uma mulher invadiu o debate da Comissão de Direitos Humanos (CDH) pedindo ajuda para escapar de condições insalubres de trabalho, interrompendo discussões tensas entre delegações sobre a escravidão moderna e o trabalho análogo à escravidão. O incidente destacou a gravidade das questões debatidas, enquanto potências como China, Estados Unidos e Rússia trocavam acusações.
A China, criticada por sua liderança no mundo em relação ao trabalho análogo à escravidão, afirmou que não adotaria medidas que comprometessem seus "planos futuros". Rússia e Estados Unidos trocaram duras acusações de hipocrisia e “falta de vergonha”, com a delegação russa atacando os EUA ao mencionar o grupo racista do Ku Klux Klan, enquanto os estadunidenses condenaram as violações russas contra minorias na guerra ucraniana. A França, por sua vez, criticou os direitos trabalhistas em alguns países ocidentais, afirmando que são contrários aos princípios da comissão — situação que foi comentada pelo Vietnã como irônica, que defendeu que os países da CDH vão “contra os próprios direitos humanos”.
Outros países, como a Índia, condenaram o fast-fashion incentivado e fortemente consumido pelas grandes economias ocidentais, apontando que isso perpetua o trabalho escravo. A Arábia Saudita defendeu suas tradições e cultura contra discursos ocidentais de inclusão de minorias, enquanto a Venezuela criticou a exploração petrolífera americana em seu território, colocando-a como um fator agravante à situação escravista.
A intervenção da mulher trouxe um choque de realidade urgente ao debate, destacando as condições degradantes enfrentadas por trabalhadores em todo o mundo, evidenciando que o problema da escravidão contemporânea exige respostas e soluções concretas, as quais estão em discussão e formulação pelo comitê.
EXPEDIENTE: Eduardo Antônio Nassif | Audiovisual: Felippe Nascimento - Instituto Alpha Lumen
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