Ao acumular valorização de 2,02% este mês e fechar em alta por quatro pregões consecutivos, o Ibovespa passa por realização, em dia de agenda fraca no Brasil e no exterior. A expectativa também de ajuste em Nova York influencia a Bolsa brasileira. O índice norte-americano Dow Jones apresenta ganho de 1,64% no mês e subiu por quatro sessões seguidas, e também iniciou o dia em baixa.
Nem mesmo as altas do petróleo e do minério de ferro impedem a queda do Ibovespa, que cedia 0,48%, aos 102.776,81 pontos.
Lá fora, os investidores continuam à espera de novidades sobre a guerra comercial entre Estados Unidos e China, no momento de mais dúvidas sobre o Brexit. Aqui, a expectativa é a primeira sessão de discussão, em primeiro turno, da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Previdência no plenário do Senado, porém provavelmente sem força para conduzir os negócios.
Na seara corporativo, os investidores devem ficar atentos ao desempenho das ações de varejistas. Hoje, a Amazon lançará no Brasil o programa Amazon Prime, que permite a assinantes direito a frete grátis em milhares de produtos com selo Prime e acesso a serviços de streaming, como Prime Video, Prime Music e Prime Reading.
Em relação à Vale, a Fitch reafirmou o rating em BBB- e retirar a observação para eventual rebaixamento da mineradora, ontem à noite. Atenção ainda à Embraer, após a empresa anunciar que o centro de Serviços de Manutenção de Aeronaves da companhia em Nashville, nos EUA, foi escolhido pela Horizon Air, subsidiária do Alaska Air Group, como fornecedor exclusivo de manutenção pesada para sua frota de 30 jatos E175.
Além de temores relacionados ao Brexit, os investidores também devem adotar cautela em razão da proximidade da reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira, que deve anunciar novo pacote de estímulo monetário, observa a MCM Consultores em nota. Conforme a consultoria, a divulgação Job Openings and Labor Turnover (JOLTS), esta manhã, nos EUA, será importante para avaliar a temperatura do mercado de trabalho norte-americano.
Já o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) deve definir sua taxa de juros na quarta-feira que vem, mesmo dia de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). Em meio a preocupações sobre os efeitos da guerra comercial e sobre a demora da economia brasileira em ganhar tração, respectivamente, a expectativa é de queda de juros nos dois países. A dúvida, também nos dois casos, é quanto à magnitude do recuo.
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