A ação da Embraer fechou o pregão em R$ 81,67, após atingir máxima intraday de R$ 83,96 — valorização de mais de 900% nos últimos cinco anos. Apesar desse salto expressivo, o BTG Pactual mantém recomendação de compra, com preço-alvo para R$ 94, sustentado por fundamentos operacionais sólidos e bom ritmo de entrega de aeronaves.
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Segundo relatório do banco, o desempenho da Embraer é robusto: no segundo trimestre, a fabricante entregou mais aeronaves do que o esperado, firmou novos contratos e recebeu pagamentos antecipados (PDPs), essenciais para financiar a produção.
Os PDPs são depósitos iniciais feitos pelas companhias aéreas ao encomendar aviões — considerados sinais de confiança no produto, além de precaver riscos financeiros durante prazos que podem se estender por anos.
Embora um memorando recente entre AirAsia e Airbus, que contempla até 70 A321XLR — em um acordo no potencial de US$ 12,3 bilhões — tenha sido visto como concorrência, os analistas do BTG ressaltam que o jato de longo alcance não compete diretamente com o nicho regional da Embraer (família E2). O CEO da AirAsia ainda demonstrou interesse em até 150 jatos regionais, o que pode favorecer a Embraer mesmo em solo asiático.
O banco destaca, ainda, sinais positivos vindos do Paris Air Show e confirma a venda de 55 aeronaves à SAS — reforçando a presença global da empresa e justificando o otimismo de mercado.
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Mesmo após uma valorização de 900% em cinco anos, a avaliação do BTG Pactual aponta que a Embraer ainda tem espaço para crescer, sustentada por fundamentos operacionais e um pipeline sólido de entregas e contratos. O setor aeroespacial continua no radar de investidores, mas será crucial acompanhar a evolução dos mercados regionais, acordos com grandes frotas e eventuais reações a movimentos competitivos da Airbus.
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