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Bolsas de NY fecham em alta, com S&P 500 e Nasdaq em máximas históricas

A surpresa com os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos foi vista como um sinal de compra por parte dos investidores de ações em Nova York. Os principais indicadores acionários do país encerraram o pregão desta sexta-feira, 26, em alta, com S&P 500 e Nasdaq em novas máximas históricas de fechamento. A inflação americana abaixo do esperado também colaborou com os ganhos das ações, ao mesmo tempo em que o noticiário corporativo influenciou os setores de energia e de tecnologia.

Em Wall Street, o índice Dow Jones fechou em alta de 0,31%, em 26.543,33 pontos, mas semanalmente recuou 0,06%. O S&P 500 encerrou o pregão na máxima, em alta de 0,47%, em 2.939,88 pontos, com avanço semanal de 1,20%. Já o índice eletrônico Nasdaq terminou em alta de 0,34%, em 8.146,40 pontos, subindo 1,85% na semana.

As estimativas para o crescimento americano entre janeiro e março variavam entre 1,0% e 2,9%, em base anualizada. O PIB dos EUA, contudo, superou as estimativas e cresceu 3,2% no período em relação aos três meses imediatamente anteriores. A mediana das expectativas coletadas pelo Projeções Broadcast era de expansão anualizada de 2,2%. "Mesmo com todos os asteriscos, o primeiro trimestre foi bastante digno", comentou o economista-chefe para EUA do JPMorgan, Michael Feroli. De acordo com ele, porém, o ímpeto de crescimento no país deve desacelerar no decorrer do ano e, para o banco, o PIB americano deve apresentar expansão anualizada de 2,25% entre abril e junho.

Dados de inflação divulgados com o PIB também apoiaram a busca por ações à medida que o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) avançou à taxa anualizada de apenas 0,6% no primeiro trimestre ante os três meses imediatamente anteriores. O núcleo do PCE, por sua vez, considerado a medida favorita de inflação do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), subiu a uma taxa anualizada de 1,3% no período.

Com forte crescimento e inflação abaixo da meta do Fed, o presidente dos EUA, Donald Trump, celebrou os dados "muito acima das expectativas e projeções" do PIB ao mesmo tempo em que a inflação está "muito baixa". Posteriormente, durante discurso realizado na Associação Nacional do Rifle (NRA, na sigla em inglês), o republicano comentou que se seu governo tivesse tido os níveis de taxas de juros e de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) que o governo de Barack Obama, a expansão do PIB seria "bem maior do que 3,2%".

Setor mais sensível ao desempenho da economia, o financeiro apresentou alta no dia. Entre os maiores bancos do país, o Goldman Sachs subiu 0,83%, o Citigroup teve alta de 1,13% e o Morgan Stanley apresentou valorização de 1,27%.

Ainda no ramo corporativo, gigantes de tecnologia Intel e Amazon divulgaram seus balanços trimestrais. Enquanto a Amazon apresentou lucro recorde nos primeiros três meses do ano, com vendas acima do esperado, a Intel decepcionou o mercado ao cortar todas as suas estimativas de lucro e receita para o ano corrente. Como resultado, os papéis da Amazon avançaram 2,54%, enquanto as ações da Intel despencaram 8,99%.

Na manhã desta sexta-feira, as petrolíferas ExxonMobil e Chevron também divulgaram seus relatórios do primeiro trimestre, mas não contavam com a interferência de Trump, nos preços do petróleo. Nesta sexta, ele comunicou à imprensa americana que ligou para a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) exigindo que os preços do óleo caíssem, o que fez com que a commodity chegasse a cair mais de 4%. Nesse sentido, a ExxonMobil, que já caía após balanço frustrante, ampliou as perdas e encerrou o pregão em baixa de 2,10%. A Chevron, por outro lado, subia no pré-mercado por ter superado a projeção de lucro de analistas, mas fechou o dia em queda de 0,68%.

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