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Bolsas de NY fecham sem direção única com possível acordo de infraestrutura

Os mercados acionários de Nova York encerraram o dia em direções opostas nesta terça-feira, 30, em um pregão no qual o índice S&P 500 renovou máxima histórica de fechamento pela quarta vez no ano. Um plano bipartidário de investimentos em infraestrutura nos Estados Unidos gerou otimismo nos negócios e apagou parte das perdas acumuladas nas bolsas após a divulgação de um indicador abaixo do esperado. O Nasdaq, contudo, apresentou perdas geradas por giant techs, cujo desempenho negativo foi puxado por números abaixo do esperado da Alphabet no trimestre encerrado em março.

Em Wall Street, o índice Dow Jones fechou em alta de 0,15%, em 26.592,91 pontos, enquanto o S&P 500 encerrou em alta de 0,10%, em 2.943,03. O índice eletrônico Nasdaq, por outro lado, fechou em baixa de 0,81%, em 8.095,39 pontos.

Governo e oposição chegaram a um acordo preliminar para um pacote de US$ 2 trilhões em investimentos em infraestrutura nos EUA. O anúncio foi feito pela presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi (Califórnia), e pelo líder democrata no Senado, Chuck Schumer (Nova York), em rápida entrevista coletiva em frente à Casa Branca. De acordo com eles, novas conversas ocorrerão em três semanas para que os detalhes sobre como financiar o projeto sejam discutidos.

Apesar do chefe de gabinete interino da Casa Branca, Mick Mulvaney, ter dito não acreditar que o plano passe no Congresso porque "não há interesse dos democratas em afrouxar as leis ambientais", os mercados acionários reagiram positivamente à informação. Nesse sentido, o subíndice de utilities do S&P 500 avançou 1,67%, para 297,75 pontos. A General Eletric que, além de ser beneficiada pelo plano de infraestrutura, divulgou balanço que superou a projeção de lucro e receita, fechou o dia em expressiva alta de 4,52%.

O plano de infraestrutura apagou as perdas dos dois principais índices da Nyse. Antes, as bolsas reagiam negativamente à queda do índice de atividade industrial de Chicago, elaborado pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês), que recuou de 58,7 pontos em março para 52,6 em abril, no menor nível desde janeiro de 2017.

No universo corporativo, após o pregão de ontem, a Alphabet, controladora do Google, divulgou balanço que decepcionou os analistas ao apresentar números abaixo do esperado no primeiro trimestre e fechou a terça-feira despencando 7,50%. As outras principais gigantes da tecnologia foram arrastadas para baixo com o movimento: Amazon recuou 0,61%, Facebook perdeu 0,71% e Netflix caiu 0,35%. A Apple, por sua vez, apresentou queda mais intensa do que as demais, encerrando o dia caindo 1,93%.

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