O diretor executivo da Fitch Ratings, Rafael Guedes, disse nesta quarta-feira 17, que, por conta da forte deterioração das contas públicas brasileiras, mesmo no cenário mais positivo, a dívida em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) pode se estabilizar só a partir de 2022.
A Fitch prevê que a relação dívida/PIB deve seguir em alta, de 77% no ano passado, para 81% em 2019 e 84% em 2020, um dos piores níveis entre países emergentes pares do Brasil.
O executivo disse que, além da reforma da Previdência, é preciso ações adicionais do governo para fazer a dívida parar de crescer, incluindo outras medidas para cortar gastos e ainda medidas para ampliar as receitas. "A Previdência é necessária, mas certamente não suficiente para a estabilização da dívida brasileira", disse Guedes.
A nota do Brasil pela Fitch tem perspectiva estável, que reflete fortes reservas internacionais, redução do déficit da conta corrente e moderada recuperação da economia. Ao mesmo tempo, o endividamento crescente limita uma melhora da nota.
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