Em meio a um clima de tensão com o Congresso Nacional, o governo federal liberou R$ 2,5 bilhões em emendas parlamentares impositivas nesta semana. Com isso, o total empenhado em 2025 subiu para R$ 5,6 bilhões, segundo dados do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (Siop).
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No total, os parlamentares têm R$ 50 bilhões disponíveis em emendas para o ano. Deste valor, 11,1% já foram empenhados, mas apenas 3% foram pagos. Ainda faltam R$ 41,6 bilhões para serem executados.
A maior parte da verba liberada nesta semana foi para emendas individuais — aquelas que o governo é obrigado a pagar. Já as emendas de comissão, que são alvo de questionamentos no STF pela falta de transparência, não foram empenhadas.
Os partidos do Centrão ficaram com a maior fatia dos recursos: cerca de R$ 1,4 bilhão, o equivalente a 56%. O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi o que mais recebeu: R$ 410 milhões nesta semana, totalizando R$ 930 milhões no ano — valor superior ao do PT, partido do presidente Lula.
Entre os parlamentares que mais receberam emendas na semana estão:
Deputados: Misael Varella (PSD-MG) – R$ 20 mi; Saullo Vianna (União-AM) – R$ 19 mi; Weliton Prado (Solidariedade-MG) – R$ 18,5 mi
Senadores: Jorge Kajuru (PSB-GO) – R$ 29,4 mi; Damares Alves (Republicanos-DF) – R$ 20,4 mi; Rodrigo Cunha (Solidariedade-AL) – R$ 19,5 mi
A liberação acontece logo após a derrota do governo no Congresso, que derrubou o decreto de Lula que aumentava o IOF. A medida foi considerada unilateral por lideranças parlamentares, como o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
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“O governo poderia ter dialogado. Preferiu tomar uma decisão sozinho”, criticou Alcolumbre. Ele também condenou o recurso do Planalto ao STF para tentar reverter a decisão do Congresso: “Hoje qualquer um recorre ao Supremo. Isso virou um problema sério.”
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