O influenciador digital Hytalo Santos já era investigado pelo MPPB (Ministério Público da Paraíba) por suspeita de exploração de menores antes da denúncia que viralizou nas redes sociais feita pelo youtuber Felca. A exposição do caso, ocorrida na última quarta-feira (6), foi seguida pela desativação da conta de Hytalo no Instagram.
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As apurações do MPPB contra o influenciador começaram em 2024, baseadas em denúncias recebidas via "Disque 100". A investigação avalia se os conteúdos publicados, que frequentemente exibem adolescentes em danças ou abordando relacionamentos, possuem teor sexualizado e ferem o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
O caso de Kamylla Santos
A denúncia de Felca detalha a situação de Kamylla Santos, de 17 anos, que teria sido exposta a um "clima adulto" desde os 12 anos, quando passou a integrar o círculo de Hytalo. O youtuber aponta vídeos da jovem em situações sugestivas e a filmagem de seu pós-operatório de um implante de silicone, aos 17 anos.
As denúncias geraram um inquérito policial e uma investigação no Ministério Público do Trabalho. Por decisão judicial, as redes sociais de Kamylla foram removidas. Hytalo Santos nega as acusações, afirmando que as mães das jovens consentem com as gravações e que as envolvidas são emancipadas.
O que é 'algoritmo P'
No vídeo, ele explica que o sistema, ao identificar o interesse de usuários por vídeos de crianças em situações sugestivas, passa a entregar mais desse material, criando um ciclo perigoso.
Segundo Felca, o problema não está no algoritmo em si, mas na sua falta de filtro ético. Ele demonstrou que, ao interagir com conteúdos considerados "mais sugestivos", o algoritmo rapidamente "aprende" a preferência e passa a recomendar vídeos similares. Essa mecânica, segundo a denúncia, transforma a exposição infantil em um nicho de interesse.
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