O Itaú Unibanco, maior banco do Brasil, promoveu nesta segunda-feira (8/9) uma demissão em massa que atingiu cerca de mil funcionários, segundo informações de bastidores. Embora não tenha confirmado o número oficial, a instituição informou que os desligamentos ocorreram após uma “revisão criteriosa de condutas relacionadas ao trabalho remoto e ao registro de jornada”.
Em comunicado, o banco alegou que foram identificados comportamentos considerados incompatíveis com seus princípios de confiança. Nas redes sociais, relatos apontaram que parte dos funcionários desligados ligava os computadores em casa, mas não cumpria efetivamente suas funções no expediente.
O tema reacendeu o debate sobre o futuro do home office no Brasil. No plano internacional, grandes corporações também têm endurecido políticas sobre o trabalho remoto. A Amazon aboliu o modelo no início deste ano, enquanto a Dell anunciou que empregados em regime remoto não terão acesso a promoções ou novas vagas, numa estratégia para forçar o retorno ao presencial.
Do lado sindical, a repercussão foi de repúdio. O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região destacou que o Itaú registrou lucro superior a R$ 22,6 bilhões apenas no último semestre e criticou os cortes. “É inaceitável que uma instituição que registra lucros bilionários promova demissões em massa sob a justificativa de ‘produtividade’”, afirmou em nota. A entidade também ressaltou que não foi chamada para discutir alternativas de realocação dos trabalhadores em outras áreas.
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