Neste mês de janeiro, o Rio de Janeiro registrou um recorde histórico de internações por dengue, conforme anunciado pelo secretário de Saúde, Daniel Soranz, durante coletiva à imprensa promovida pela prefeitura. O total de internações atingiu 362 pessoas, aproximando-se do número total de casos do ano anterior. A situação foi caracterizada como epidêmica, com aumento sustentado de casos em diferentes regiões da cidade.
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Em janeiro, mais de 10 mil casos de dengue foram reportados, resultando em uma taxa de incidência de 160,68 por 100 mil habitantes. No decorrer de 2023, o Rio de Janeiro registrou 22.959 casos da doença. A nível nacional, os números também são preocupantes, com 43,7 mil casos e 24 óbitos confirmados, além de 163 em investigação.
A prefeitura anunciou medidas para combater a epidemia, incluindo a criação do Centro de Operações de Emergência (COE-Dengue), a abertura de polos de atendimento, a alocação de leitos nos hospitais municipais, o uso de carros fumacê em áreas de alta incidência e a entrada compulsória em imóveis abandonados. O prefeito Eduardo Paes apelou à colaboração da população na eliminação de focos de mosquitos da dengue.
Quanto à vacinação, o Rio de Janeiro está entre os municípios que receberão e aplicarão vacinas da dengue pelo SUS a partir de fevereiro. A vacina, chamada Qdenga, será inicialmente destinada a municípios com mais de 100 mil habitantes e altas taxas de transmissão nos últimos dez anos. A primeira fase contemplará crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, grupo de maior risco. A Qdenga demonstrou eficácia contra três sorotipos da dengue e não é recomendada para pessoas com mais de 60 anos, alérgicas aos componentes, com sistema imunológico comprometido, com condições imunossupressoras, gestantes ou lactantes.
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