SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Com o objetivo declarado de encorajar e confortar outras mulheres, a cantora e influenciadora Mari Belém, 40, contou publicamente, pela primeira vez, sobre o abuso sexual que sofreu na infância.
Um longo relato foi publicado no início da madrugada desta quarta-feira (25) nas redes sociais da filha da cantora Fafá de Belém. "Se esse relato fizer pelo menos uma pessoa se sentir acolhida, parte de algo ou até encorajar alguém a se abrir, eu já sentirei um alívio ainda maior", disse.
O abuso aconteceu quando ela tinha 7 anos. Um homem, cujo nome Mari não revelou, cometeu a agressão sexual e, segundo a artista, só não foi mais violento porque ela correu e a mãe chegou logo em seguida.
"Algo me fez correr porque achei errado um homem que deveria cuidar de mim estar passando a mão dentro do meu biquíni, colocando a minha mão no pênis dele e pedindo para eu dar beijo naquela parte do corpo", relatou. "Algo fez minha mãe chegar enquanto eu corria dele. Algo ali me salvou de algo pior".
Mari demorou 17 anos para contar o caso para a mãe, apesar de considerá-la uma parceira e confidente. E, mesmo tendo falado sobre a história, os detalhes só foram revelados para Fafá durante a pandemia do coronavírus, quando as duas foram morar juntas.
A cantora e influenciadora lembra da casa em que a agressão sexual ocorreu e do momento em que a mãe chegou. O trauma foi superado com a ajuda de atendimento psicopedagógico e por meio de muitas leituras.
"Mas nunca esqueci. E quem não teve terapia? Informação? Uma mãe confidente? Se nem eu consegui contar para minha, sempre aberta a conversar sobre tudo...", disse Mari.
Da mesma forma que acontece com outras vítimas, a artista achou que era responsável pelo abuso e sentiu medo e vergonha durante vários anos.Mari defende que o assunto seja discutido e recomenda a leitura do livro "Abuso - A Cultura do Estupro no Brasil", da jornalista Ana Paula Araújo. Segundo ela, le a obra a fez conseguir contar a história publicamente.
Outras artistas, como Xuxa, 57, já relataram terem sido vítimas de abusos sexuais na infância e juventude. "Tomo de três a quatro banhos por dia, antes e depois de transar sempre. Demoro bastante para me sentir limpa. Vejo que ninguém mais faz isso", contou a apresentadora em entrevista recente.
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