Um mês e meio. Foi esse o tempo que durou o mandato da ex-primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss. A política renunciou ao posto nesta manhã, 20, em comunicado ao Rei Charles 3º e a Graham Brady, líder do comitê que irá indicar o novo primeiro-ministro.
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Liz substituiu o então premier Boris Johnson, que enfrentava um severo desgaste junto à opinião pública e ao mercado por causa da condução da saída da Grã-Bretanha da zona do Euro e na pandemia do covid-19.
A líder do partido conservador foi eleita com base num programa liberal de corte de impostos e subsídios às contas de energia, que aumentaram 300% nos últimos dois anos. Porém, as incertezas de como isso seria feito gerou insatisfação no mercado. Houve mudança do ministro das finanças. O atual, Jeremy Hunt, reverteu as medidas da então primeira-ministra, o que aprofundou o desgaste e a pressão sobre ela.
Liz anunciou que “este é um momento de grande instabilidade econômica e internacional". A guerra na Ucrânia e as ações da Rússia quanto ao fornecimento de gás para a Europa também foram citadas pela ex-primeira-ministra como dificuldades adicionais para a condução de seu plano econômico. "Esta manhã, encontrei o presidente do Comitê de 1922, Sir Graham Brady. Concordamos que haverá uma eleição de liderança a ser concluída dentro da próxima semana. Isto garantirá que permaneçamos em nome de nossos planos fiscais, da estabilidade econômica e a segurança nacional de nosso país. Eu permanecerei como primeira-ministra até que um sucessor seja escolhido", afirmou.
A escolha de novo político para o cargo deve ocorrer com os postulantes concorrendo entre si e sendo votados de etapa em etapa pelos representantes do Partido Conservador eleitos. Após essa fase, todos os filiados do Partido Conservador no Reino Unido participam da escolha numa espécie de referendo.
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