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Alguns corpos são retirados do local da queda do MH17

Alguns dos corpos e restos mortais das vítimas da queda do voo MH17, da Malaysia Airlines, foram colocados em três vagões refrigerados na cidade de Torez, na Ucrânia.

As equipes ucranianas fecharam as portas metálicas dos vagões após os observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) olharem brevemente os restos mortais. No interior, sacos pretos de corpos escondiam partes das vítimas do incidente, que haviam sido embaladas por voluntários e trabalhadores do setor de emergência da Ucrânia no local. Eles exalava um cheiro forte, visto que muitos haviam sido deixados sob o calor do sol por dois dias.

As equipes de emergência ainda não recuperaram os restos mortais de mais de 100 passageiros do voo, que transportava 298 pessoas.

Falando na estação ferroviária, o porta-voz da missão de monitoramento da OSCE, Michael Bociurkiw, disse que os observadores haviam confirmado que os corpos foram colocados nos três vagões refrigerados, mas ele não deu um número exato, nem pode afirmar com certeza se todos eram de passageiros do desastre. O representante afirmou que os corpos provavelmente permanecerão na estação de trem nos vagões até que uma decisão seja tomada sobre o seu próximo destino.

Não está claro para onde os corpos e restos vão em seguida. Autoridades ucranianas têm sugerido que eles sejam levados para a cidade de Kharkiv, no leste do país, cerca de 300 quilômetros ao norte do local. Kharkiv é conhecida por ter algumas das melhores instalações forenses do país. Mas os rebeldes separatistas têm se mostrado hostis sobre a cooperar com o governo ucraniano.

Preocupação

Segundo Thomas Greminger, embaixador da Suíça na OSCE, a situação no local da queda é uma fonte de preocupação, tendo em vista que grande parte das forças separatistas e muitos jornalistas estavam na região, segundo uma entrevista publicada no SonntagsZeitung neste domingo.

Greminger afirmou que os separatistas armados no local haviam se mostrado muito pouco cooperativos. "No sábado, o grupo da OSCE foi acompanhado por membros da autoridade aérea civil ucraniana, e eles foram capazes de se mover mais livremente. No entanto, ainda existem muitos separatistas armados e jornalistas no local, e isso é muito preocupante", afirmou Greminger.

Os membros dos grupos rebeldes estão fortemente armados e não está claro quem os controla, acrescentou.

A equipe da OSCE, juntamente com representantes da Rússia e da Ucrânia, está em discussões com os grupos separatistas em uma tentativa de melhorar a cooperação e obter melhor acesso ao local do incidente, afirmou Greminger.

"A tensão na região ainda está alta, mas o incidente na semana passada poderia melhorar as chances de estabelecer contato adequado com os separatistas e alcançar uma trégua na área em que" a tragédia ocorreu, disse. Fonte: Dow Jones Newswires.

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