O governo do Haiti anunciou nesta segunda-feira (18), a extensão do toque de recolher por mais três dias, até 20 de março, como parte dos esforços para conter a onda de violência no país. A medida, em vigor das 7 da noite às 5 da manhã, visa restabelecer a ordem e recuperar o controle da situação no departamento de Oeste, incluindo a capital, Porto Príncipe. No entanto, bombeiros, serviços de emergência, trabalhadores do setor da saúde e jornalistas estão isentos dessas restrições.
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O estado de emergência, estabelecido em 3 de março, foi implementado devido à escalada da violência na capital, desencadeada por assaltos a prisões e a fuga de milhares de prisioneiros. Sob este estado, manifestações na área da capital estão proibidas, tanto de dia quanto de noite, e as autoridades têm ordens para empregar "todos os meios" necessários para garantir o cumprimento do toque de recolher e prender os infratores.
A recente onda de violência atingiu os aeroportos haitianos enquanto o chefe de governo, Ariel Henry, estava em visita oficial ao Quênia. Jimmy Chérizier, também conhecido como "Barbecue", líder do grupo armado G9 e um dos principais criminosos do país, lançou um ataque direto contra o primeiro-ministro, ameaçando desencadear uma "guerra civil" caso ele não renunciasse.
Desde o assassinato do presidente Jovenel Moise em 2021, grupos armados têm instaurado o caos em Porto Príncipe e regiões adjacentes. Henry assumiu o cargo em julho de 2021, dois dias antes do assassinato de Moise, mas nunca tomou posse oficialmente. A situação no Haiti permanece tensa, com a população preocupada com a segurança e a estabilidade do país.
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