O governo brasileiro constatou que uma aeronave, de prefixo TC-TSR, decolou na terça-feira de Moscou rumo a Caracas, às 14h23 (hora local) ou às 6h23 na capital venezuelana, quando o autoproclamado presidente da Venezuela Juan Guaidó saiu, de surpresa, às ruas para anunciar que o fim do regime de Nicolás Maduro estava próximo.
O avião, que supostamente seria usado para a fuga de Maduro, informação que não foi confirmada pelo governo brasileiro, apesar da coincidência, tem origem turca e não russa, como se pensou inicialmente, e voou mais de 12 horas entre o Aeroporto Internacional de Vnukovo, em Moscou, e o Aeroporto Internacional Simón Bolívar, em Caracas. Ali permaneceu por pouco mais de uma hora e decolou às 21h12. O avião permaneceu em Punta Cana até quinta-feira, quando retornou para sua base, na Turquia.
Restaram muitas perguntas ao governo brasileiro para serem respondidas. Não se sabe se o jato privado turco, de país aliado a Maduro, levou algo ou alguém para Caracas. Não se sabe, também, se depois, quando decolou de Punta Cana para Istambul, levou alguém. Mas o governo brasileiro reconhece que são muitas as coincidências.
Segundo fontes militares ouvidas, a aeronave é um Bombardier Global Express prefixo TC-TSR operada pela empresa turca MNG Jet, com base em Istambul. O avião teria retornado apenas com a tripulação a bordo. As mesmas fontes lembram que esta não é a primeira vez que uma aeronave não militar, de nação amiga do bolivariano, pousa em Caracas, em uma operação suspeita. Lembram que já houve ocasião em que um Boeing 777-200ER, da empresa russa Nordwind, também chegou a Caracas, em meio às crises da Venezuela.
Durante a terça-feira, autoridades americanas diziam que um "avião russo" estava na Venezuela, pronto para levar Maduro para Cuba, ou outro país amigo, onde pudesse ficar exilado. As notícias que circularam, também sem confirmação, foram de que Moscou havia convencido Maduro a resistir ao "golpe" e permanecer em Caracas. Como o avião tem autonomia de mais de 11 mil quilômetros, caso a operação de saída tivesse sucesso, Maduro poderia cruzar o oceano e ir para países amigos, como a própria Turquia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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