Ouro recua e interrompe sequência de alta com ajustes no mercado

O ouro fechou em queda nesta quinta-feira (12), interrompendo um período de quatro dias consecutivos de valorização. O recuo foi causado por uma correção natural dos preços, após os recentes ganhos, e pela pressão das taxas de juros dos Treasuries, que continuaram em ascensão durante o pregão.

O contrato de ouro para fevereiro foi negociado a US$ 2.709,40 por onça-troy, marcando uma queda de 1,72% na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

De acordo com a corretora Pepperstone, a queda no preço do ouro reflete um ajuste após os recentes ganhos. No entanto, a corretora destaca que o metal ainda exibe um desempenho sólido em 2024, impulsionado pela busca por ativos mais seguros, especialmente devido às incertezas geopolíticas, como as tensões no Leste Europeu e no Oriente Médio.

"O ouro segue sendo uma das principais apostas do mercado, com os investidores otimistas quanto à sua valorização, mesmo após este pequeno retrocesso", afirmou a Pepperstone. O termo "touros" é utilizado para descrever investidores que acreditam na alta do preço de um ativo.

Além disso, os juros dos Treasuries e o dólar, que competem diretamente com o ouro como alternativas de investimento seguro, mantiveram-se elevados, pressionando o preço do metal para baixo.

Após a divulgação de dados econômicos nos EUA, as apostas em uma possível redução de 25 pontos-base nos juros pelo Federal Reserve aumentaram significativamente, chegando a 98,1%. Segundo especialistas da Capital Economics, a probabilidade de um corte de juros é alta, o que pode reverter a tendência de queda e contribuir para a retomada da valorização do ouro nos próximos meses.