O Paraguai está negociando com Brasil e Argentina a construção de um novo gasoduto que conecte os três países. A obra, de 1.050 quilômetros, visa garantir mais segurança no abastecimento de gás na região, já que a Bolívia vem reduzindo suas exportações.
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Segundo Mauricio Bejarano, vice-ministro de Minas e Energia do Paraguai, a expectativa é assinar ainda este ano acordos de cooperação com os países vizinhos e criar uma força-tarefa para desenvolver o projeto.
A proposta também interessa à Argentina, que busca ampliar as exportações do gás extraído em Vaca Muerta, seu maior campo de gás não convencional. Entre as opções, está a construção desse gasoduto passando pelo Paraguai, além da possibilidade de modernizar as rotas que cruzam a Bolívia.
O presidente paraguaio, Santiago Peña, está pessoalmente envolvido nas negociações e aposta em utilizar o traçado da Rota Bioceânica, uma rodovia em construção, para facilitar a obra. O investimento estimado é de US$ 1,9 bilhão, sendo que quase metade do valor ficaria em território argentino e brasileiro, onde o gasoduto se conectaria às redes já existentes.
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O Paraguai também planeja usar parte do gás para geração de energia elétrica, buscando diversificar sua matriz, hoje praticamente 100% dependente da energia hidrelétrica. A preocupação é atender o aumento da demanda, já que o país pode deixar de ter excedente de energia a partir de 2030.
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