Durante uma reunião da Comunidade do Caribe (Caricom) realizada na Jamaica nesta segunda-feira (11), o primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry, surpreendeu ao anunciar sua renúncia por telefone, conforme relatou uma fonte do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
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Henry, de 74 anos, encontra-se em Porto Rico, incapaz de retornar ao Haiti após uma viagem ao Quênia para tratar dos detalhes do envio de uma missão de segurança aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU), liderada pelo país africano.
O contexto político no Haiti tem sido turbulento, com uma coalizão de gangues, liderada pelo ex-policial Jimmy Cherizier, conhecido como "Barbecue", intensificando os atos de violência na capital haitiana nos últimos dias, exigindo a renúncia de Henry. Em meio a essa pressão, chegou-se a um acordo para a formação de um conselho de transição composto por nove membros, os quais terão poderes presidenciais.
De acordo com a fonte do Itamaraty, a decisão sobre os representantes do conselho será tomada pelos grupos políticos haitianos, os quais terão um prazo de 24 horas para definir os nomes. A preocupação principal reside no rápido estabelecimento desse conselho, uma vez que há um vácuo de poder que pode se tornar perigoso sem uma liderança clara no governo.
Em um vídeo compartilhado em suas redes sociais, Henry confirmou sua intenção de renunciar assim que o conselho de transição for formado. Enquanto isso, Cherizier, líder das gangues, emitiu uma mensagem à comunidade internacional, alertando que continuar negociando apenas com um pequeno grupo de políticos pode levar o Haiti ao caos.
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