O ataque de drones lançado pela Ucrânia contra aviões bombardeiros da Rússia, no domingo (1º), contou com a participação de espiões ucranianos e drones escondidos em galpões de madeira, em uma das maiores ofensivas realizadas por Kiev até agora na guerra.
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Segundo um oficial de segurança ucraniano, os serviços secretos do país esconderam os dispositivos carregados de explosivos nos telhados de galpões transportados por quilômetros até a região das bases aéreas. No local, os tetos foram abertos remotamente, permitindo que os drones voassem e iniciassem os ataques. Ao todo, 41 aeronaves russas foram atingidas, sendo 13 completamente destruídas em quatro bases diferentes.
O Ministério da Defesa da Rússia confirmou os ataques e os incêndios em várias aeronaves, na base aérea de Belaya, na região de Irkutsk, Sibéria. O fogo foi extinto e não houve vítimas. A operação foi comparada à lenda do “Cavalo de Troia” pela engenhosa estratégia de infiltração, e alguns envolvidos já foram detidos, segundo o governo russo.
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O ataque em Irkutsk foi o mais distante das linhas de frente da guerra, a mais de 4.300 quilômetros de distância, exigindo uma logística especial para que os drones chegassem ao alvo. A base atacada abriga aviões bombardeiros supersônicos de longo alcance Tupolev Tu-22M, usados para lançar mísseis contra a Ucrânia. A operação, chamada “Spider's Web” (Teia de Aranha), foi supervisionada pessoalmente pelo presidente Volodymyr Zelensky e Vasyl Maliuk, chefe da agência de inteligência SBU.
A Ucrânia não notificou os Estados Unidos previamente sobre a ofensiva, que, segundo a SBU, causou um prejuízo estimado em US$ 7 bilhões à Rússia. O governo ucraniano divulgou imagens dos drones utilizados na operação.
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