Por Moisés Rosa Em RMVale

Alteração na Lei Orgânica pode afastar prefeita Ana Karin de Cruzeiro

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Alteração em lei pode afastar prefeita Ana Karin (PR) 

Divulgação/PC

Os vereadores de Cruzeiro devem votar nesta segunda-feira (10), projeto de lei que prevê alterações na Lei Orgânica do município permitindo que a Câmara solicite o afastamento da prefeita Ana Karin (PR).

Uma outra sessão já foi realizada no último dia 24 pelos parlamentares, que aprovaram as mudanças por nove votos favoráveis e um contrário, do vereador de situação Marco Aurélio de Siqueira (PR). De acordo com o regimento da Câmara, duas sessões devem ser realizadas para alterações na lei.

Com a proposta, os parlamentares podem afastar a prefeita quando houver situações judiciais desfavoráveis em primeira instância como bloqueio de bens e situações administrativas. "A intenção é que possamos afastá-la, já que ela possui processos em que a promotoria pediu bloqueio de bens, além de outros que tramitam na Justiça", afirma o vice-presidente da Câmara, o vereador Diego Miranda (PSDB).

Segundo Miranda, há três comissões processantes que vão analisar as possíveis infrações administrativas. Em uma das três, os vereadores aguardam a defesa de Ana Karin sobre a contratação da OSCIP -Organização da Sociedade Civil de Interesse Público- Sorrindo Para a Vida, que prestou serviços na área da saúde de 2010 até o início de 2014, no valor de R$ 2,2 milhões.

O prazo da defesa expirou na última quinta-feira (6), às 18h, e a prefeita não protocolou nenhum documento na Câmara. "Os holerites que os funcionários da empresa recebiam eram de R$ 3 mil, mas o valor na prestação de contas apareceu em R$ 35 mil para a prefeitura. Estamos investigando essas irregularidades",  diz o parlamentar

Investigação
Outros dois casos estão sendo investigados pelos vereadores. Um relacionado à falta de respostas aos ofícios e indicações do Legislativo e outro sobre contrato firmado pela prefeitura para a compra de toldos. "Temos diferenças gritantes na prestação de contas, como a compra de toldos, que pagaram por uma unidade R$ 70 mil, sendo que no mercado achamos por R$ 15 mil", conclui Miranda.

Polêmicas
Em fevereiro de 2014, Ana Karin teve os bens bloqueados pelo Ministério Público após ser acusada de improbidade administrativa por contratar uma empresa de consultoria. O contrato foi assinado em maio de 2009, pelo valor de R$ 163 mil. Já em junho de 2013, o MP pediu o bloqueio de bens da prefeita, por omissão nas ações de combate e prevenção à dengue a cidade. Os processos ainda esperam definições da Justiça.

Outro lado
O Meon entrou em contato com a assessoria da prefeita Ana Karin, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria.

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