A leitura das obras obrigatórias são uma peça-chave para conquistar uma boa pontuação nos principais vestibulares do país. Pensando nisso, o Colégio Poliedro listou 5 dicas para estudar livros indicados nas provas.
De acordo com o colégio, grandes universidades, como Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular) e Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), por exemplo, atualizam anualmente suas listas de leituras, que exercem grande peso no cálculo da nota total do exame. No caso da segunda fase da Fuvest, as questões de Literatura representam 12.5% da pontuação, aproximadamente. Já na Unicamp, o peso é um pouco menor, tendo em vista que há mais questões específicas das disciplinas selecionadas pelo candidato. Ainda assim, ler as obras obrigatórias pode ser um critério de desempate.
Segundo Maria Catarina Bozio, coordenadora pedagógica e coordenadora de redação do Colégio Poliedro de São José dos Campos, questões sobre os títulos recomendados podem aparecer tanto na primeira quanto na segunda fase e em questões objetivas e dissertativas. "Na primeira etapa, as questões tendem a ser mais simples e, às vezes, têm enunciados intuitivos. Já na segunda fase, em quase metade dos itens não é possível responder com segurança sem ter estudado as obras obrigatórias. Uma leitura atenta, com análise crítica, é essencial para garantir pontuação relevante", explica.
De acordo com a coordenadora, as obras da Fuvest são mais canônicas, consolidadas. Já a lista da Unicamp é composta por títulos menos convencionais, mas, ainda assim, muito relevantes. "O aluno que está estudando para a Fuvest pode encontrar inúmeros materiais de apoio na internet, como pesquisas, resumos e videoaulas. No caso da Unicamp, pode haver maior dificuldade de encontrar referências, já que alguns livros ainda não foram amplamente discutidos", pontua.
Para auxiliar os estudantes a obter o melhor desempenho possível, a coordenadora listou 5 dicas para estudar os livros indicados:
Uma forma interessante de memorizar os principais pontos da obra é criar roteiros de leitura com o apoio de professores. Neles, devem estar destacados o que deve ser observado, o contexto histórico e o movimento literário a que a obra pertence, assim como sugestões de abordagens críticas e outras questões relevantes para os vestibulares. O material também pode servir como uma revisão perto da data da prova.
Não há um prazo ideal para começar as leituras, mas é importante que os estudantes se preparem com antecedência para não deixar tudo para a última hora. Organize-se para tentar finalizar um livro por mês, por exemplo. Assim, pode anotar os pontos principais e assimilar, com calma, o aprendizado.
Tenha uma postura ativa na hora da leitura. Analise os conteúdos com profundidade, retome passagens importantes e anote tudo o que achar relevante para o contexto da produção. Assim, terá uma visão mais qualificada sobre a obra quando finalizá-la.
Uma recomendação é tentar ajustar as leituras de acordo com o conteúdo que estiver estudando em sala de aula. Se o tema da semana for Classicismo, leia os Sonetos, de Camões. Se for Barroco, dedique-se ao Gregório de Matos. Assim, fica mais fácil desenvolver análises mais completas, entender os contextos de produção, estilos adotados, entre outros pontos relevantes. Também é possível se organizar de acordo com preferências e aptidões, conhecendo um pouco de cada autor para entender qual o deixa mais confortável para começar.
Acompanhar resumos da internet, videoaulas, pesquisas e reportagens sobre as obras obrigatórias é muito relevante, mas lembre-se: os materiais são ótimos quando utilizados como ferramentas complementares, não como substitutos da leitura na íntegra. São um reforço a mais para que o estudante tenha perspectivas diferentes e compreenda passagens com maior profundidade.
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