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Câmera na farda do policial militar não vai acabar, diz secretário

Guilherme Derrite quer expandir o uso do equipamento

Escrito por Agência Brasil

28 JAN 2023 - 09H00

Agência Brasil/Rovena Rosa

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, voltou a dizer que não pretende retirar as câmeras que são acopladas aos uniformes dos policiais militares de São Paulo.

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Durante entrevista, o secretário falou que a intenção é expandir o seu uso para outras funcionalidades, além de monitorar as ações policiais para evitar o uso de violência.

“Não vamos acabar com o programa. Queremos e daremos uma funcionalidade mais operacional para elas”, falou Derrite, citando que as câmeras poderiam ser utilizadas também para fazer leitura de placas roubadas em veículos e até em georreferenciamento, contribuindo para ações da polícia ambiental em matas fechadas, por exemplo.

“Esse é o sentido de ampliar, não de acabar. Isso não será feito. Mas o que queremos é usar essa ferramenta, importante para fiscalização e controle como algo operacional para ajudar a proteger as pessoas”, disse o secretário.

No início deste ano, em entrevista a uma rádio do interior paulista, o secretário havia falado que iria rever o uso das câmeras por policiais. A fala do secretário, na época, gerou preocupação no governo federal, que soltou uma nota para defender o uso do equipamento. Um dia depois dessa fala do secretário, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, negou que as câmeras seriam retiradas.

Queda no número de mortes

O uso dessas câmeras tem contribuído para diminuir a letalidade policial, ou seja, para a queda no número de mortes ocorridas durante ações policiais. Isso é o que apontou, por exemplo, um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgado no final do ano passado. Segundo os dados, o uso das câmeras evitou 104 mortes e teve um impacto positivo, ajudando a reduzir em 57% o número de mortes decorrentes de ações policiais.

Dados divulgados na quinta-feira (2) pela Secretaria de Segurança Pública mostram que 256 pessoas morreram em confrontos com policiais militares em serviço durante todo o ano de 2022. Esse número vem caindo nos últimos anos e já é o menor registrado no estado desde 2001, quando teve início a série histórica. Em 2021, foram computadas 423 mortes em decorrência de ações policiais; em 2020, foram 659 mortes; e, em 2019, um ano antes da pandemia, houve 716 mortes ocorridas em ações envolvendo policiais em serviço.

Por: Agência Brasil /Edição: Juliana Andrade 

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