Camila Morita posa ao lado de uma de suas obras
Divulgação
Com traços delicados e inspirações serenas, as telas da artista plástica joseense Camila Morita, 34 anos, ganharam notoriedade no meio artístico. Seu trabalho já correu o mundo e esteve presente em mais de dez exposições, seja em projetos solo ou no coletivo.
Apesar da tranquilidade que identifica sua obra, Camila revelou em entrevista ao Meon que muitas das pinturas retratam momentos ruins de sua vida. Transformá-los em retratos sutis é o desafio em cada um de seus trabalhos.
Como foi o início de sua trajetória como artista?
Sou formada em arquitetura e tenho pós-graduação em cenografia. Sempre desenhei mais para mim mesma, como se fosse um diário ilustrado. Quando ainda trabalhava com cenografia e figurino, acho que em 2009, enviei algumas telas para o curador da Livraria Cultura, em São Paulo. Ele gostou e me chamou para uma exposição. Depois disso passei a me dedicar somente a essa área.
De onde vem a inspiração para a delicadeza que você retrata nos quadros?
Não é exatamente assim na minha vida pessoal. Inclusive, muito da minha obra é baseada em experiências ruins que eu passei. Deve ser pela minha criação budista que sempre penso em extrair beleza das dificuldades e enxergar o lado bom dessas situações. É como eu tento lidar com os conflitos e rompimentos que encaro na minha vida.
Você já expôs fora do país, qual é a experiência?
Em 2007 participei de uma bienal em Praga, na República Checa. Foi quando eu ainda trabalhava como figurinista e cenógrafa. A experiência foi ótima, pois a bienal era imensa e repleta de outros trabalhos interessantes. Com as telas, já fiz exposições no Chile e na Colômbia.
Atualmente consegue viver de arte?
Sim, desde 2009 me dedico somente às exposições e ao meu trabalho como artista plástica. Até o ano passado também atuava como professora em uma entidade de São José.
Desde 2011 você compõe um coletivo de artistas, o SEMO. O que mudou depois disso?
Criar em grupo é revigorante, pois chega uma hora que o trabalho começa a ficar preso e é aí que a experiência com outros artistas ajuda a refrescar as ideias. Nosso processo criativo é bem livre. Deixamos os rótulos acadêmicos de lado para experimentar bastante.
O que você gosta de fazer quando não está trabalhando?
Sou bastante caseira. Gosto de cuidar das minhas plantas e dos meus cachorros. Agora que saí do apartamento e me mudei para uma casa, passo o tempo montando meu ateliê e organizando os materiais.
Já tem planos profissionais para este ano?
Nada ainda certo. Estou pintando bastante, utilizando uma técnica diferente do habitual óleo sobre tela. Mas só depois do Carnaval deve acontecer alguma coisa.
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