Leonardo Carvalho Estudante
Miguel Olio e Eduardo Francisco da Si...maisMiguel Olio e Eduardo Francisco da Silva, foto: Divulgação menos
Marina Castelani e Eduardo Francisco ...maisMarina Castelani e Eduardo Francisco da Silva, foto: Divulgaçãomenos
Grupo da Apae de Ilhabela no Sailing ...maisGrupo da Apae de Ilhabela no Sailing Sense, foto: Vanessa Menezes menos
Grupo da Apae de Ilhabela no Sailing ...maisGrupo da Apae de Ilhabela no Sailing Sense, foto: Vanessa Menezes menos
Grupo da Apae de Ilhabela no Sailing ...maisGrupo da Apae de Ilhabela no Sailing Sense, foto: Vanessa Menezes menos
Grupo da Apae de Ilhabela no Sailing ...maisGrupo da Apae de Ilhabela no Sailing Sense, foto: Vanessa Menezes menos
Grupo da Apae de Ilhabela no Sailing ...maisGrupo da Apae de Ilhabela no Sailing Sense, foto: Vanessa Menezes menos
Grupo da Apae de Ilhabela no Sailing ...maisGrupo da Apae de Ilhabela no Sailing Sense, foto: Vanessa Menezes menos
Leonardo Rocha Carvalho, foto: Vaness...maisLeonardo Rocha Carvalho, foto: Vanessa Menezesmenos
Grupo da Apae de Ilhabela com Miguel ...maisGrupo da Apae de Ilhabela com Miguel Olio, foto: Vanessa Menezesmenos
Cegos, surdos e pessoas com síndrome de Down participam de vivências náuticas na 46ª Semana de Vela, em Ilhabela, que começou na última sexta (12) e segue até dia 20. A iniciativa é do projeto Sailing Sense, que tem como objetivo ensinar a prática de vela a pessoas com deficiência.
No sábado, a reportagem do Meon acompanhou jovens da Apae de Ilhabela que participaram da experiência. A equipe conduziu a embarcação, ficando responsável tanto pelo leme, dando direção ao veleiro, quanto por cabos e velas.
No grupo estava Leonardo Rocha Carvalho, estudante de 17 anos que é surdo e velejou pela primeira vez. Visivelmente emocionado, o adolescente se dirigiu ao barco com um largo sorriso e foi recebido pelo idealizador do projeto, o educador físico e velejador Miguel Olio.
Miguel convidou Leonardo para assumir a responsabilidade do leme e com o uso de sinais conduziu o jovem. O adolescente aproveitou com intensidade as sensações promovidas pelo passeio como o balançar do barco, o calor do sol e o frescor do vento.
Cada mudança na rota promovia um riso novo de Leonardo, que curtiu cada minuto da vivência náutica.
Leonardo Carvalho Estudante
Com extravagante alegria ele pulou e correu ao concluir a experiência de vela e comentou que a sensação de autonomia jamais será esquecida. “Não tive medo em nenhum momento, me senti poderoso velejando, estou muito feliz. Foi uma experiência inesquecível”, contou o estudante através de linguagem de sinais.
Mãe de Leonardo, a empregada doméstica Sirley de Rocha Carvalho, de 43 anos, disse que o filho é muito inteligente. “Ele é a luz da minha vida, dedico muito tempo a ele por conta das deficiências, mas vale muito a pena. Leonardo pratica atletismo e taekwondo e hoje teve essa oportunidade. Eu sei que ele pode fazer qualquer coisa”, afirmou.
Miguel Olio, idealizador do Sailing Sense, conta que o projeto surgiu da união da paixão pela vela com o sonho de promover, de forma gratuita, vivências náuticas para pessoas com deficiência.
“Eu acho muito legal ver que eles tem capacidade. Fico muito feliz de ver como eles são capazes. Ainda temos muito a fazer, competições, travessias, muitos lugares ainda para irmos com o projeto. Não acho que o meu eu seja importante, mas me alegra ver que o que acredito é correto e real", comentou.
As vivências náuticas foram realizadas entre os dias 12 e 15 de julho, com a participação de moradores de São Sebastião e Ilhabela.
Deficientes Visuais
Uma das façanhas que o Sailing Sense promoverá na 46ª Semana Internacional de Vela será a participação pela primeira vez no evento de Ilhabela de uma equipe com velejadores deficientes visuais nesta quarta (17).
O casal Marina Castelani e Eduardo Francisco da Silva estarão nas funções de comando do barco Mixuruca (Fast 23) do Sailing Sense. Miguel Olio e Iris Poffo, outros dois tripulantes que compõem o time e são responsáveis pelo projeto, irão apenas dar suporte à dupla nas regatas.
Marina Castelani, professora aposentada de 51 anos, que tem deficiência visual total, conta empolgada que o esporte chegou à vida dela através de uma ação do projeto Sailing Sense na represa Guarapiranga no Rio de Janeiro.
“Eu amei velejar desde a primeira vez! Velejando eu vejo o mar, os pássaros e a paisagem através das minhas sensações. É bom demais saber que eu posso enxergar com outros olhos. Não estou nem dormindo direito de tanta felicidade e ansiedade para participar da regata”, comentou.
Já Eduardo Francisco da Silva, artesão de 55 anos, que é deficiente visual parcial, diz que a colocação na prova vai ser consequência. “Estamos muito felizes pelo que estamos fazendo. Sei que muitas pessoas com deficiência se julgam incapazes e deixam de fazer muita coisa na vida. Quero que a Marina e eu sejamos inspiração para outros na mesma situação”, contou.
Sobre a expectativa para a prova, Eduardo brinca: “ninguém vai querer perder da gente”.
As atividades do Sailing Sense já ocorreram em várias cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. O projeto está inserido no Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Condeca), que tem como objetivo elaborar as políticas de atendimento a este público.
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