Por Nicole Almeida Em RMVale Atualizada em 29 FEV 2020 - 11H26

Começam a faltar máscaras cirúrgicas nas farmácias de São José

Vendas aumentaram após caso confirmado de coronavírus no Brasil; infectologista alerta que não é preciso ter pânico

Divulgação/Agencia Brasil
Divulgação/Agencia Brasil
Ministério da Saúde confirmou, nesta quarta-feira (26), o primeiro caso positivo de coronavírus no Brasil


O Ministério da Saúde confirmou, nesta quarta-feira (26), o primeiro caso positivo de coronavírus no Brasil. Depois da confirmação, a busca por máscaras cirúrgicas e álcool em gel aumentou nas farmácias de São José dos Campos. Algumas delas, já estão com falta dos produtos.

A funcionária de uma das farmácias da região afirmou que só nesta quinta-feira (27), a rede vendeu 60 máscaras e 50 álcoois em gel. Segundo ela, a procura de máscaras já tinha aumentado há algumas semanas, mas as vendas de quinta zeraram o estoque.

“O estoque de máscaras que a gente recebeu semana passada tinha acabado. Ontem chegou uma nova remessa, e acabou no mesmo dia”, disse.

De acordo com o atendente de outra drogaria, tanto o estoque de máscaras, quanto o de álcool em gel acabaram nos últimos dias. Ele admite que muitas pessoas têm procurado o estabelecimento em busca dos produtos, alegando que estão com dificuldade de encontra-los na região.

As redes também têm encontrado dificuldade para comprar as mercadorias para revendê-las. Por conta da alta procura, o preço subiu, e para muitos comerciantes não vale a pena o investimento, uma vez que terão que vender por um valor absurdo para os clientes, que podem se negar a comprar.

O atendente afirma que normalmente uma caixa com 50 máscaras é vendida por cerca de R$ 25, mas com os juros de hoje, seria vendida por R$ 55.

Uma atendente de outra farmácia alegou que as vendas aumentaram há cerca de um mês, mas que o estoque acabou na semana passada. Na rede, também não há previsão para receber novas máscaras.

O que diz um especialista?

Mesmo com um caso confirmado no Brasil, o infectologista e geriatra Lucas Darrigo reitera que não há necessidade para pânico.

“Baseado no que já se sabe, nas orientações do Ministério da Saúde e da OMS, não tem a menor necessidade de pânico. É importante salientar que é necessário tomar algumas medidas, mas sem desespero”.

Entre as medidas, o doutor cita lavar as mãos com frequência e usar álcool em gel, quando disponibilizado em ambientes públicos, diferente do uso das máscaras cirúrgicas.

“Usar mascara de maneira indiscriminável é um erro e não tem a menor necessidade. A não ser que a pessoa esteja com sintomas respiratórios e vá há lugares públicos como ônibus e metro, e queira usar. Ai seria interessante”.

O infectologista reitera que a grande maioria dos casos de coronavírus são leves e se parecem com uma gripe comum. A maioria das pessoas vão ser cuidadas em casa, apenas uma pequena fração evolui com um quadro de pneumonia ou falta de ar, e uma fração menor ainda, precisa ir até a UTI.

Agencias de viagem

Algumas agências de turismo da região registraram cancelamentos de viagem recentemente, devido ao surto do coronavírus.

Segundo funcionários, caso haja um surto no país de destino e não possam receber turistas, as multas são isentadas, como é o caso da China.

Por outro lado, clientes que queiram cancelar a viagem por precaução, e não pro uma recomendação oficial do país de destino, podem ou não ter reembolso total do valor gasto.

O procedimento depende das multas de contratação e regras da companhia aérea e hotéis reservados.

O destino que tem tido mais cancelamentos é a Itália.

Seja o primeiro a comentar

Os comentários e avaliações são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site.

0

Boleto

Reportar erro!

Comunique-nos sobre qualquer erro de digitação, língua portuguesa, ou de uma informação equivocada que você possa ter encontrado nesta página:

Por Nicole Almeida, em RMVale

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente.