Comerciantes ainda esperam resposta da prefeitura sobre Zona Azul
Sérgio Monteiro/Imprensa Livre
Os comerciantes do centro de Caraguatatuba, que alegam estar sendo afetados diretamente por conta da instalação da Zona Azul, estão aguardando resposta do Secretário de Trânsito João Batista Amandes desde que o mesmo ficou de analisar as sugestões oferecidas numa reunião realizada em 10 de junho na Associação Comercial de Caraguatatuba.
Nessa reunião, os comerciantes disseram que não são contra a Zona Azul e sim contra a maneira em que foi instalada. Entre as sugestões apresentadas, estavam o aumento do tempo de permanência nas vagas, que hoje é de no máximo duas horas; a cobrança aos sábados somente até o meio dia, que hoje acontece até às 18h; a cobrança apenas em vias principais e não em secundárias e residenciais; a cobrança apenas em horário bancário e, principalmente, a adequação do valor da cobrança à realidade da cidade.
Douglas Rodrigues, 28, está há três anos no comércio central de Caraguá e diz que após a implantação do serviço, o movimento em seu estabelecimento caiu pelo menos 50%. Rodrigues não é contra o serviço rotativo, mas acredita que o serviço deveria ser melhor elaborado. “Acredito que o maior problema é a falta de informação. Clientes reclamam que ao comprar o bilhete nos postos de venda, muitas vezes o vendedor não sabe dar informações completas sobre o serviço. Muita gente não sabe que tem 15 minutos de tolerância para permanecer na vaga e inclusive, as placas de sinalização não mostram isso”, explica o vendedor, que também defende a ideia da cobrança somente em horário bancário, o reajuste do valor e a interrupção da cobrança aos sábados e aumento do tempo nas vagas.
O advogado Sandor Fritz, 37, participou da reunião e disse que a empresa tomadora dos serviços de Zona Azul em Caraguatatuba é a responsável pelo mesmo procedimento em São José dos Campos, no entanto, na cidade do Vale, o valor cobrado por hora é de R$1,20, e as cobranças são feitas apenas nas principais ruas do centro, sendo que em Caraguá são cobrados R$ 2 por hora, no centro inteiro.
Fritz diz que 95% dos comerciantes estão reclamando da instalação da Zona Azul. Segundo o advogado, existem comércios que tiveram queda de 60% nas vendas. O advogado disse que há mais ou menos 15 dias, encontrou com Amandes e aproveitou a oportunidade para questioná-lo sobre a ausência de resposta aguardada após a reunião. “O secretário foi negativo e disse que já havia passado o dilema para o prefeito, fato seguinte, pedi prazo para resposta, outrossim, o mesmo manteve-se inerte, sendo que posteriormente enfatizei que iria procurar a imprensa para salientar a ausência de resposta da municipalidade desta questão, o secretário foi irônico, riu e ainda disse que ficasse à vontade”, explica Fritz, que diz ainda que os comerciantes estão se organizando para realizar um abaixo assinado e esperam recolher em torno de 1000 assinaturas.
O secretário Amandes informou que a Zona Azul é uma necessidade e também uma novidade no município e tudo que é novo tem um certo tempo de adaptação. "Como o início da Zona Azul em toda área central foi em abril de 2014, estamos ainda no período de adaptação. Entretanto, algumas alterações podem ocorrer para que se obtenha o melhor resultado possível".
Amandes disse ainda que um exemplo disto é a isenção para deficientes físicos, que acontecerá nos próximos dias com a indicação nas placas das respectivas vagas. Outro exemplo é a Avenida da Praia, que no o projeto inicial prevê a Zona Azul nos dois lados da avenida, e vão deixar apenas do lado dos comércios, liberando 100% do lado da Praia. O secretário diz também que há a possibilidade de aumentar o tempo de permanência na mesma vaga, que hoje é de duas horas.
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