Por Laryssa Prado Em RMVale

Crise econômica coloca 2.200 funcionários da GM em férias

Motivo é a suspensão da importação de 15 mil veículos para o México

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Funcionários entram em férias em São José 

Divulgação/SindMetal

Mais de 2 mil funcionários da General Motors entraram em férias coletivas nesta segunda-feira (13), em São José dos Campos. O motivo seria a suspensão dos pedidos de importação de 15 mil veículos para o México. O retorno dos metalúrgicos está previsto para o dia 2 de março. As vendas para o país representam 27% da produção da fábrica da cidade, onde são fabricados os modelos S10 e Trailblazer.

De acordo com o SindMetal (Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos), caso a suspensão das importações seja permanente, os empregos na montadora, já ameaçados pela crise econômica nacional, serão ainda mais prejudicados. As férias coletivas em São José valem para 2.200 trabalhadores, do total de cinco mil que atuam na fábrica. O retorno está programado para o dia 2 de março. 

Nesta segunda, o sindicato vai encaminhar um pedido de audiência pública com os ministros da Indústria e Comércio, Marcos Pereira, e das Relações Exteriores, José Serra, para debater o tema. O presidente da entidade, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá, falou sobre as questões que pretendem ser discutidas. 

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"Da mesma forma que a GM exporta para o México, ela importa veículos de lá. Se não vai veículo daqui pra lá, não tem que vir de lá pra cá. O governo também tem dito que essa crise do México e dos Estados Unidos, a própria ascenção de Trump, traria oportunidades para o Brasil, mas isso não é verdade. O Trump quer fechar o mercado dele, mas quer que a gente abra o nosso. É protecionismo para ele e liberalismo para o resto do mundo", disse Macapá. 

Em assembleia realizada pelo sindicato na manhã da última quinta-feira (9), os funcionários da GM se posicionaram contra a postura adotada por Trump e exigiram estabilidade no emprego. Uma nova reunião entre a entidade e a fábrica acontece na próxima quarta-feira (15).

A GM foi procurada pelo Meon. Em nota, a empresa informou que a medida 'visa ajustar a produção a atual demanda do mercado e que não reconhece as informações a respeito de Trump'.

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Por Laryssa Prado, em RMVale

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