Cruzeiro busca apoio para ter unidade do Bom Prato

Casal almoça em restaurante convencional no centro da cidade; opção de R$ 1 real agrada a maioria

Francisco Assis/Jornal Atos

Alimentação rápida, com baixo custo e acesso para todos. Estes são os pontos que fazem do programa Bom Prato um dos mais atraentes na rede social do Estado. Com 48 unidades espalhadas por São Paulo, a ideia pode chegar a Cruzeiro. A cidade pleiteia o atendimento e já tenta definir a estrutura para ter uma sede.

Criado em dezembro de 2000, o Bom Prato é gerido pela secretaria de Estado de Desenvolvimento Social desde 2011. De acordo com dados do Governo de São Paulo, o programa já serviu mais de 134 milhões de refeições, com mais de R$ 320 milhões investidos. Somente na capital paulista são 22 unidades. No Vale do Paraíba, apenas duas, em São José dos Campos e Taubaté.

A terceira unidade valeparaibana é um sonho de Cruzeiro. O vereador Diego Miranda (PSDB) tomou a frente do projeto. Ele encaminhou uma solicitação ao Governo e acerta parceria com uma entidade que ficaria responsável pelo atendimento. “Teremos agora um estudo de viabilização do local. Conversei com o prefeito Rafic Simão (PMDB) e ele vai analisar a possibilidade de ceder uma nutricionista e um local que tenha no mínimo 4.500 m² para a instalação, mas mesmo sem a Prefeitura, pode ser encaminhado”, contou Miranda.

Apesar da expectativa, o programa não necessita da participação da Prefeitura. Para a instalação, basta apenas uma parceria entre Estado, que fornece infraestrutura para a instalação do restaurante e pagamento do custeio da refeição, e uma instituição, que ficaria responsável pela estrutura de atendimento.

Os custos com as refeições são divididos entre o Governo, com cerca de R$ 3,50 por refeição, enquanto que o cliente desembolsa apenas R$ 1. Em caso de participação da administração municipal, ela ficaria com R$ 1 dos encargos por prato. Além do almoço, as unidades servem também café da manhã, com custo de R$ 0,50.

Para Miranda, a instalação em Cruzeiro deve facilitar o dia-a-dia de trabalhadores, estudantes e de quem não tem tempo e condições. “Seria muito importante para o comércio, para as escolas.Somente na ‘Osvaldo Cruz’ (escola estadual no centro) temos mais de 700 alunos, que poderiam fazer essa refeição a R$ 1”, avaliou.

Prato cheio
As refeições do Bom Prato são compostas de arroz, feijão, carne, legumes, salada, farinha de mandioca, pão, fruta da época e suco. O valor de cada refeição (R$ 4,50) sai a apenas R$ 1, mas crianças com menos de seis anos não pagam. Já o café da manhã contém leite e achocolatado, café, pão com manteiga, requeijão ou frios e uma fruta da estação.

Cada unidade do Bom Prato conta com uma equipe de 15 a 20 funcionários, que inclui um nutricionista de plantão. De acordo com a secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, há casos de unidades que chegam a servir até oitenta mil refeições por dia.
Além da alimentação, o Estado disponibiliza para unidade com estrutura necessária, cursos na área de alimentos do Via Rápida, de até três meses, direcionadas a beneficiários dos programas Ação Jovem e Renda Cidadã, além de internet gratuita pelo programa Acessa São Paulo.