Por Eliane Mendonça Em RMVale

Cury e Pollyana votam a favor da Reforma Trabalhista; Flavinho, contra

Proposta foi votada em rito de urgência na noite desta quarta (26), em Brasília

O projeto da Reforma Trabalhista, aprovado na noite desta quarta-feira (26) pela Câmara dos Deputados, dividiu a bancada que representa a região em Brasília.

Os deputados Eduardo Cury (PSDB) e Pollyana Gama (PPS) votaram a favor da proposta do governo. Já o deputado Flavinho (PSB) votou contra.

Ao Meon, Cury enviou uma nota defendendo o seu voto, dizendo que o projeto não mexe nos direitos do trabalhador, apenas reforma uma legislação “totalmente ultrapassada”. Veja abaixo a íntegra da nota:

“A modernização trabalhista acaba com o imposto sindical, que sustenta hoje milhares de sindicatos sem representatividade. Esse era um antigo desejo de toda a sociedade brasileira.

Nesse momento de crise, a reforma também vai impulsionar a geração de empregos. A regulamentação do trabalho intermitente, por exemplo, dará oportunidades a milhões de trabalhadores, principalmente jovens, que têm horário flexível, e poderão ser contratados com carteira assinada dentro dessa nova modalidade.

A reforma não vai mexer nos direitos do trabalhador e sim reformar uma legislação totalmente ultrapassada. Os direitos dos trabalhadores, como férias, 13° salário e FGTS, continuarão valendo como estão, sem qualquer alteração. O que muda, primordialmente, é com relação à jornada de trabalho e à possibilidade de contratação de um profissional para execução de trabalhos específicos.”

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Da esquerda para a direita, Eduardo Cury, Flavinho e Pollyana Gama

Câmara dos Deputados

Garantias

Já Pollyana disse que votou a favor porque, na sua avaliação, o projeto moderniza as relações de trabalho e oferece garantias ao trabalhador.

“Tem muita desinformação sobre o projeto em todo o lugar. A Reforma Trabalhista cria um ambiente favorável para a geração de empregos e para o combate à informalidade. Pelas novas regras, o empregador que não registrar o trabalhador será multado. Porque agora vamos ter várias formas de registro do empregado e não vai ter desculpa”, disse.

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A deputada também falou sobre o fim do imposto sindical. “O projeto acaba com a farra com sindicatos que não são sérios. Aqueles que são sérios vão continuar trabalhando porque os trabalhadores vão entender que precisam contribuir, já que a contribuição passa a ser opcional. Mas aqueles que não são sérios, vão acabar”, disse.

Ela destacou ainda um ponto que classificou como um avanço. “Pelas regras atuais, uma mulher que é afastada de um ambiente insalubre, durante a gravidez e lactação, ela perde o adicional de insalubridade. Pelas novas regras, esse adicional será mantido. Conseguimos incluir essa emenda”, disse a deputada.

Contrário

O deputado Flavinho postou um vídeo com mais de 13 minutos no Facebook, minutos depois de registrar o seu voto, informando que tinha votado contra o projeto e explicando o porquê.

“É uma mentira dizer que a reforma trabalhista vai resolver o problema de 14 milhões de desempregados do país. O que deveria ser feito é a reforma tributária, porque o excesso de impostos é o grande entrave para o crescimento das empresas”, disse.

Segundo ele, a reforma trabalhista era um assunto para ser discutido amplamente com a sociedade até se chegar a um consenso.

“Não pode ser do jeito que está acontecendo. O governo ‘tratorou’, passou por cima de tudo e de todos para aprovar esse projeto”, disse.

Ele disse ainda que seu voto contrário é uma atitude coerente com o compromisso que tinha assumido nas redes sociais há alguns meses. “O projeto mexe em mais de 100 pontos de direitos trabalhistas conquistados. A maioria da população é contra. Não tinha como eu me posicionar de forma diferente”, disse.

Até as 13h desta quinta-feira (27), o vídeo postado já tinha recebido mais de 1.600 curtidas, 470 comentários e 515 compartilhamentos.

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