Incêndio registrado no Vale do Paraíba decorrente da falta de chuva
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Com o início do outono, a temporada de chuvas chega ao fim, mas o verão atípico gera uma preocupação aos Bombeiros e à Defesa Civil da RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte).
"Os dados da Operação Verão já indicam que provavelmente vamos ter uma operação de estiagem muito preocupante. Se a situação não mudar durante os meses de seca nós vamos ter muitas ocorrências de incêndio", explica Fabrício Lemos, Capitão do Corpo de Bombeiros e Coordenador Regional da Defesa Civil.
O capitão também conta que os órgãos vão precisar de uma maior integração para conseguir atender todos os chamados que são esperados durante os meses de seca.
"Agora entre os meses de abril e maio vamos realizar capacitações para preparar as equipes da Defesa Civil para auxiliarem no atendimentos das ocorrências de fogo no período de junho a setembro na operação de estiagem, também conhecida como corta-fogo".
Porém, Lemos ressalta que esse começo de outono tem sido de muitas chuvas e, caso continuem, podem aliviar a preocupação da Defesa Civil. "A vegetação está seca e precisa aumentar a umidade, se a chuva continuar pode aliviar um pouco a nossa operação de estiagem, com certeza. Mas caso o tempo fiquei muito seco é possível que tenhamos que estender a operação corta fogo até outubro".
Operação Verão
O balanço final da Operação Verão também revela a mudança climática apresentada durante os meses de dezembro a março. A falta de chuvas diminuiu drasticamente o número de ocorrências registradas pela Defesa Civil.
Um dos dados que chama a atenção é o número de pessoas que precisaram ser resgatadas por conta da chuva, no ano de 2013 foram 421 ocorrências, enquanto este ano foram apenas três, uma redução de mais de 99%.
O número de mortes em decorrência da chuva também caiu de seis casos em 2013 para nenhum em 2014. Além de uma queda de 68% no número de enchentes e inundações. "No ano passado tivemos 63 casos de enchentes e inundações, já esse ano foram apenas 20 e mesmo assim foram enchentes pontuais e menores. A diminuição das chuvas tornou essa operação muito tranquila", explica Lemos.
A maior queda, no entanto, foi no número de desabrigados. Duas mil pessoas tiveram que deixar as casas no ano de 2013, já este ano não houve nenhum caso registrado. "Este ano tivemos alguns casos de pessoas que tiveram que sair de suas casas por que estavam momentaneamente alagadas, mas assim que diminuiu o nível da água eles já puderam voltar para as suas residências e não ficaram desabrigados", explica o capitão.
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