Da esquerda para direita, padre Afonso Lobato, Alexandre da Farmácia, Hélio Nishimoto e Marco Aurélio
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A bancada de deputados da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte na Assembleia Legislativa conseguiu emplacar R$ 74,8 milhões em emendas parlamentares para a região de 2011 até agora.
As emendas, quando aprovadas, alteram o orçamento geral do estado e direcionam mais verbas para serem investidas em uma cidade ou região nas áreas de transporte, saúde, educação ou até mesmo para serem destinadas a instituições não governamentais.
Dos quatro deputados estaduais da RMVale, padre Afonso Lobato (PV) declarou ter obtido em três anos e meio de mandato R$ 35 milhões em emendas, seguido de Hélio Nishimoto (PSDB) com R$ 25 milhões e Marco Aurélio (PT) com R$ 10,2 milhões. Alexandre da Farmácia (PP), que era suplente e assumiu o cargo em 2013, conseguiu R$ 4,6 milhões.
Cada deputado tem uma cota anual não oficial de R$ 2 milhões para indicação em emendas. Na média, os parlamentares aprovaram um extra de R$ 18 milhões por ano para a RMVale. Só em 2014 passaram pelas mãos dos 94 deputados estaduais mais de R$ 20 bilhões em emendas para aprovação.
"Quem trabalha bem e bastante consegue mais recursos. Existe uma questão de proporcionalidade no Brasil. Todas as emendas dependem de votação e, quando você está na base governista, com mais gente para aprovar, claro que consegue emplacar mais. Enfim, é trabalho de cada um dos deputados debater, fazer alianças e brigar para conquistar o maior número de emendas possíveis para a região que representa", explica a consultora política Gil Castillo.
Orçamento
Além das emendas, no final de 2013, a Assembleia Legislativa aprovou um orçamento estadual de R$ 189,1 bilhões para 2014. Segundo a especialista, o trabalho dos deputados também influencia no montante que será retirado deste total e destinado para investimentos em cada região.
Segundo a Secretaria Estadual de Planejamento, já foram investidos neste ano, em novas obras e projetos exclusivamente da RMVale, cerca de R$ 274 milhões.
"É um jogo de negociação. Esses novos investimentos dependem, entre outras coisas, do tamanho da bancada aliada. Outra coisa é que sempre fica mais fácil trazer projetos implantados, que são bandeiras do governo que já funcionam, do que criar outros novos e mais complicados", detalha Gil.
De acordo com a pasta, os setores que tiveram maior volume de recursos na região foram habitação, com R$ 92 milhões da CDHU, infraestrutura, com R$ 80 milhões na Companhia Docas de São Sebastião e outras obras de transporte e logística, turismo, com R$ 47 milhões para fomento ao desenvolvimento das estâncias, e saúde, com mais R$ 23 milhões na expansão e modernização de instalações na região.
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