A grande maioria das doenças reumáticas, quando não tratadas, são limitantes e fazem com que as pessoas percam a qualidade de vida. Atualmente, e com o arsenal terapêutico existente no mercado, alguns pacientes já conseguem ter uma evolução significativa, voltando a praticar suas atividades sem limitações. A reumatologia é uma especialidade médica que atende diversas idades em problemas clínicos inflamatórios, mas, infelizmente, muitas pessoas ainda confundem, achando que essas doenças, que afetam mais de 12 milhões de brasileiros, segundo o Ministério da Saúde, são doenças exclusivas da velhice.
O médico reumatologista José Roberto Silva Miranda, do Centro de Terapia Biológica Assistida, ArtroCenter, que possui duas unidades na RMVale, uma em São José dos Campos e outra em Taubaté, explica sobre os fatores que tem retardado a melhora dos pacientes e fala sobre as novas tecnologias, a importância do tratamento adequado e o diferencial do Centro, que é referência nas medicações imunobiológicas na região.
O médico reumatologista José Roberto Silva Miranda
Foto: Pedro Ivo Prates/Meon
“É triste ver que muitas pessoas falam que os diagnósticos reumáticos são doenças de velho. Tenho pacientes com artrite juvenil, pessoas na faixa de trinta anos também. Atualmente, com os medicamentos que temos no mercado, podemos oferecer melhor qualidade de vida aos pacientes, sem as limitações que a doença impõe como, trocar de roupa, abrir a porta ou passar a marcha. Com o tratamento adequado temos pacientes que alcançaram uma melhora no quadro de100%, e em alguns casos foi possível tirar a medicação depois de um tempo”, esclarece. José Roberto explica que o diagnóstico tardio ainda tem sido um dos principais vilões no tratamento das doenças reumáticas.
"Ainda existe muita automedicação e negação da doença, sem contar a falta de conhecimento e acesso ao especialista. A reumatologia ainda não é uma especialidade muito conhecida e, na rede pública, os pacientes têm dificuldade de passar em consulta com o clínico geral, que é quem faz o encaminhamento para o reumatologista. Sem o diagnóstico adequado, tem paciente que faz uso de corticoides e anti-inflamatórios que acarretam efeitos farmacológicos”, alerta.
Outro fator que pesa muito é o estado emocional e psicológico do paciente. Algumas pessoas, que ficam incapacitadas pela doença, acabam apresentando depressão e ansiedade, pela incredulidade de que a doença possa melhorar.
Em pacientes com abalo emocional, eu tento frisar que, do outro lado da mesa, ele tem alguém que pode ajudá-lo a atravessar este período"José Roberto Silva Miranda Reumatologista“Em pacientes com abalo emocional, eu tento frisar que, do outro lado da mesa, ele tem alguém que pode ajudá-lo a atravessar este período. Em alguns casos é preciso introduzir um antidepressivo ou encaminhá-lo para tratamento com psiquiatra e psicólogo. Uma equipe multidisciplinar, em alguns casos, é muito importante. Cada pessoa tem um jeito de encarar o diagnóstico. Como se trata de uma doença autoimune é preciso ver o paciente como um todo, considerando o stress, a depressão e a tristeza, que podem comprometer o tratamento”, esclarece. A estrutura de um centro com tecnologias avançadas e profissionais altamente qualificadas contribui muito no tratamento.
“A ArtroCenter procura adequar-se às novas medicações que melhoram o prognóstico e a qualidade de vida de pacientes que necessitem de Terapia Biológica Assistida. Com a estrutura que o Centro oferece, a incidência de reações adversas é baixa. A medicação tem de ser preparada com muito cuidado. Antes e medicar fazemos uma triagem. Pacientes infectados com virose, gripe e alergias, primeiro serão tratados nessas enfermidades. Se isso não for observado pode piorar o quadro clínico”, explica.Mesmo com tanta tecnologia, o paciente tem de ter o cuidado na escolha do profissional. P
ara o especialista, é preciso verificar se o médico tem as qualificações técnicas necessárias e como conduz o tratamento em consulta. “Algumas doenças são psicossomáticas e recebo pacientes com os sintomas dos mais variados e que não batem com os exames laboratoriais. A perspicácia no diagnóstico só é possível se o médico tiver olhos para observar o paciente individualmente. Por isso, mesmo com toda tecnologia, continuo sendo um médico à moda antiga, do tipo que ainda examina o paciente. E isso ainda faz muita diferença”, conclui.
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