Manifestantes são cercados por policiais, no momento da prisão
Marcus Alvarenga/Meon
A Polícia Militar prendeu dois homens, de 28 e 54 anos, no começo da tarde desta sexta-feira (30), acusados de agredir comerciantes durante as manifestações que ocorreram na região central da cidade.
Em um dos episódios, um comerciante se recusou a baixar a porta do estabelecimento e acabou cercado e agredido pelos sindicalistas. O Meon flagrou a agressão.
Segundo a Polícia Militar, o homem de 54 anos tem 10 passagens pela polícia. A última delas foi no mês passado, por tráfico de drogas.
O tenente Lucas Evilásio informou que a PM estava acompanhando as manifestações e ouviu várias denúncias de comerciantes sobre a agressividade dos manifestantes.
“Identificamos as pessoas envolvidas na agressão e pedimos ao COI que fizesse o monitoramento dessas pessoas. Mas a abordagem foi feita só no final das manifestações, para evitarmos turmulto”, explicou o tenente.
Os dois homens foram abordados e detidos na rua Antônio Saes, próximo à Santa Casa, e levados ao 1º DP.
O advogado César Eduardo Ferreira Marta, do Sindicato dos Metalúrgicos, está defendendo os manifestantes detidos. Segundo ele não há motivos para a prisão dos acusados.
“A polícia diz que um deles foi reconhecido pelas vítimas como um dos autores da agressão, fato que nós negamos. Houve um tumulto, eles estavam por perto, mas não agrediram ninguém. Nossa expectativa é que eles sejam liberados logo após serem ouvidos”, disse o advogado.
Por volta das 15h, o delegado ainda estava ouvindo os seis comerciantes, identificados como vítimas das agressões e os acusados. Os depoimentos devem transcorrer durante toda a tarde.
Manifestantes que foram apoiar amigos ficaram detidos também
Marcus Alvarenga/Meon
Apoiadores acabam detidos
Desde que os dois manifestantes foram detidos, um grupo com cerca de 20 pessoas foram para a delegacia para dar apoio aos amigos dizendo que sairiam de lá só quando os dois fossem liberados.
O delegado Rodrigo Azevedo decidiu, então, deixar o grupo todo detido até que as vítimas da agressão fizessem o reconhecimento.
“Todos só sairão daqui [delegacia] após serem ouvidos e passarem pelo reconhecimento das vítimas. Se algum deles for reconhecido pelas vítimas ou pelas imagens do vídeo publicado pelo Meon, ficarão aqui e poderão ser indiciados por incitação à violência”, disse o delegado.
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