Os vereadores de São José dos Campos realizaram na sessão desta quinta-feira (23), na Câmara Municipal, um minuto de silêncio pela “morte da CLT”.
A iniciativa inusitada foi proposta pela suplente de vereadora Ângela Guadagnin (PT), após manifestar sua posição contrária ao projeto de lei que autoriza o trabalho terceirizado para qualquer tipo de atividade.
“Usei o microfone e comentei que a morte da CLT merecia um minuto de silêncio. Afinal, foi uma senhora de 74 anos que deixou milhões de brasileiros órfãos”, explicou a parlamentar, que participou da sessão no lugar de Amélia Naomi (PT), afastada do cargo por motivo de saúde.
As palavras da vereadora foram parar nos avisos de condolências da Mesa Diretora e, entre o anúncio dos nomes dos homenageados, o presidente da Casa, Juvenil Silvério (PSDB), incluiu “a morte da CLT”.
“Algum assessor da Câmara anotou o que falei no microfone e passou para o Juvenil. Fiquei surpresa quando ele fez a leitura”, disse Ângela.
O presidente da Câmara afirmou que entendeu a maneira irônica da solicitação feita pela petista, mas, por ser o presidente do Legislativo, tinha que atender ao pedido.
“Fiz questão de registrar que foi a pedido dela. Achei desrespeitosa a solicitação, aquele momento é de reverenciar entes queridos. Como presidente da instituição, encaminhei o pedido por mais ridículo que fosse”, justificou Juvenil.
O tucano disse ainda ser a favor da aprovação do projeto de terceirização feita na última quarta-feira (22). “O trabalhador não vai perder nada com essa lei”, afirmou.
Vereadores durante a sessão desta quinta-feira (23)
Lucas Cabral/CMSJC
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