Por Meon Em RMVale

Embraer define cronograma para encerramento da produção dos jatos executivos na fábrica de São José

Trabalhadores serão transferidos para Gavião Peixoto neste semestre

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A Embraer já definiu o cronograma para encerramento da produção dos jatos executivos da família Legacy e Praetor na fábrica de São José dos Campos. Os funcionários da área que aceitaram trabalhar na planta de Gavião Peixoto receberam o cronograma de transferência nesta quarta-feira (3).

A transferência dos trabalhadores deste setor já havia sido confirmado pelo vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores da Embraer, Nelson Salgado, em maio, em entrevista concedida ao Meon.

"Vamos mudar a montagem final dos jatos executivos para Gavião Peixoto para que a planta, aqui [em São José dos Campos], fique dedicada à atividade da aviação comercial. Foi oferecida [aos trabalhadores] a possibilidade de ir para a Gavião Peixoto, ainda estamos no processo de que os funcionários decidam se querem ir ou querem ficar. Esse processo já está acontecendo, são em torno de 150 pessoas", disse ele à época.

De acordo com a empresa, a remoção dos trabalhadores deve ocorrer ao longo deste semestre. A Embraer informou também que comunicou a realocação de outros funcionários da linha dos jatos executivos para a unidade de Eugênio de Melo, na zona leste de São José, e que busca oportunidades em outras áreas da companhia, conforme o perfil de cada trabalhador.

A empresa não informou o número atual de operários da linha de produção dos jatos executivos ou de adesões à proposta de transferência.

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, o setor emprega mais de 100 pessoas. “A Embraer disse aos trabalhadores que aqueles que não aceitarem a transferência para Gavião Peixoto serão demitidos. Isso é assédio moral. A empresa não quer dar estabilidade e sabemos que um ano após a transferência a maioria será demitida”, disse Herbert Claros, diretor do sindicato.

Segundo ele, as demissões devem ocorrer devido à diferença salarial entre os funcionários das duas fábricas. “A legislação diz que trabalhadores que exercem a mesma função devem ter o mesmo salário, e os metalúrgicos da Embraer de São José ganham mais que os de Gavião Peixoto, isso vai gerar problema”, afirmou o sindicalista.

Herbert ressaltou ainda que a Embraer não oferece nenhum pacote de benefícios aos trabalhadores que rejeitam a transferência.

O sindicato solicitou uma reunião com a direção da fábrica para discutir a questão, mas a empresa respondeu na tarde desta quinta-feira (4) recusando o pedido.

Procurada pelo Meon, a Embraer informou que “está mantendo diálogo contínuo diretamente com cada empregado”.

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