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Empresa joseense utiliza sistema com satélites para monitorar lavouras em todo o país

Tecnologia é utilizada e destinada aos financiadores do agronegócio - distribuidoras de insumos, cooperativas e agroindústrias

Escrito por Meon

26 NOV 2021 - 12H50 (Atualizada em 26 NOV 2021 - 13H08)

Arnaldo Kikuti / Divulgação TerraMagna

A empresa TerraMagna, que possui sede em São José dos Campos, é responsável por um sistema que utiliza satélites e inteligência artificial para realizar a análise e o monitoramento de lavouras em todo o país.

Atualmente, a TerraMagna monitora aproximadamente 25 mil fazendas que estão espalhadas em cerca de 1.500 municípios do Brasil. 

A tecnologia é utilizada e destinada aos financiadores do agronegócio, que são as distribuidoras de insumos, as cooperativas e as agroindústrias. Todos aqueles que emprestam dinheiro para o agronegócio podem utilizar o monitoramento via satélite como garantia.

Geralmente, o crédito é concedido através de uma operação de Barter, que consiste em uma negociação que acontece entre o produtor rural, a distribuidora de insumos agrícolas e as companhias de trading. A operação de Barter consiste na troca de insumos pela produção, que são liberados pelos distribuidores. O produtor paga essa compra a prazo, com parte do que ele vai produzir.

É neste momento que o distribuidor utiliza o sistema de monitoramento, para ficar de olho na terra do produtor, verificando se o plantio e a colheita estão sendo realizados de maneira regular.

A importância da tecnologia no agro

O agro não para de crescer, e os recursos tecnológicos, cada vez mais aplicados no setor, são uma das razões para isso. A tecnologia se mostra essencial no campo e nas operações financeiras do agro.

Com o monitoramento via satélite e o processamento das informações, o distribuidor tem a visão total da área da garantia, recebendo atualizações constantes sobre o andamento da safra. Assim é possível prever riscos de quebra de produção e, através de negociações com o produtor, garantir o pagamento do que foi acordado.

Antigamente, o monitoramento das lavouras era feito apenas através das visitas ao campo, e o principal problema era que apenas parte da plantação era visitada, o que abria espaço para prejuízos. A falta de presença no campo gerava problemas como o não plantio e até mesmo um possível desvio de produção.

“Não é mais necessário trabalhar apenas com uma amostragem da área, uma vez que os satélites têm o potencial de analisar uma área como a do Estado do Mato Grosso inteiro em cerca de 40 minutos. Dessa maneira, a visita presencial do agrônomo é otimizada, sendo necessário que ele apenas constate problemas apontados, não que fique procurando por eles”, explica Bernardo Fabiani, especialista em concessão de crédito para o agronegócio e CEO da TerraMagna.

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