Testes RT-PCR são utilizados para observar a presença do vírus no organismo
O avanço do coronavírus desperta dúvida sobre as testagens, que são fundamentais para desenhar o cenário de uma pandemia. Existem três tipos de testes realizados no Brasil.
Inicialmente, os primeiros casos de covid-19 no país foram diagnosticados através do teste RT-PCR, realizados em laboratórios, como o Instituto Adolfo Lutz. Maria Carolina Sabagga, coordenadora técnica do Instituto Butantan, explica que o teste PR-PCR serve para identificar a presença do vírus. “São coletadas células da faringe do paciente, se ela estiver infectada, o vírus vem junto e identificamos isso através do RNA”, conta.
O processo do teste após a extração da fita de RNA da célula é identificar três pedaços de RNA, sendo dois do vírus e um da pessoa. Se tiver a presença dos três RNA’s, a pessoa está com a doença e testa positivo para covid-19.
O Instituto Butantan tem a capacidade de realizar 4.200 testes por dia. Para a coordenadora técnica, o teste RT-PCR seria ideal para realizar em toda a população, mas isso demanda tempo, profissionais, laboratórios equipados e dinheiro. “Poderíamos testar os assintomáticos”, explica.
Cada teste leva cerca de 4 horas para a finalização laboratorial. O teste é separado por ciclos, que são feitos de 1 a 2 horas. Mas o diagnóstico pode levar alguns dias.
De acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) o RT-PCR é um teste de ‘Reação em Cadeia da Polimerase com Transcrição Reversa’ em tempo real que verifica a presença de material genético do vírus, confirmando que a pessoa se encontra com Covid-19. Os testes de RT-PCR tem função diagnóstica, sendo o teste definitivo segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).
Testes rápidos de 10 a 30 minutos para obter resultados
Maria Carolina ainda explicou que os testes rápidos identificam se a pessoa tem ou já teve o coronavírus através dos anticorpos. “O teste rápido dá o resultado através dos anticorpos, um que aparece no início da doença, mostrando que a pessoa tem a doença. E o outro anticorpo que aparece só no final, mostrando que a pessoa já teve a doença” diz.
Para finalizar, tem os testes sorológicos que mostram que a pessoa já se recuperou da covid-19. “Todos os testes tem margem de erro, mas são confiáveis”, explica Maria Carolina.
Na Região
De acordo com a Prefeitura de Taubaté, os testes RT-PCR são realizados em pacientes internados, independente do grau de gravidade, os quais foram adquiridos para complementar os do Governo Federal. O número de testes que aparece no Boletim Epidemiológico da cidade é o RT- PCR, que mede a carga viral.
Taubaté recebeu kits de testes rápidos, que avalia os anticorpos, do Estado e está fazendo parcerias com instituições que adquiriram os testes, além de fazer a compra com recursos próprios por meio de licitação pública.
A cidade já aplicou testes rápidos em abrigos municipais, asilos e profissionais de unidades de saúde da rede municipal. Em uma segunda frente de combate, a Prefeitura de Taubaté planeja aumentar a amostragem geral de testes e pretende chegar a 20 mil testes e conforme a evolução epidemiológica ampliar mais.
Em São José dos Campos, na rede pública estão disponíveis dois tipos de exames laboratoriais para covid-19: o teste rápido imunocromatográfico e o RT-PCR, que estão indicados somente para pessoas que apresentam sintomas gripais.
Os testes RT-PCR, está disponível nas UPAs e hospitais públicos para pacientes com síndrome gripal ou síndrome respiratória aguda grave que se consultarem na unidade. Também pode ser aplicado em profissionais de saúde e segurança pública em atividade, residentes de asilos e grupos institucionalizados e pessoas acima de 60 anos.
De acordo com a Secretária de Saúde, o teste rápido está disponível nas UBSs para profissionais das áreas de limpeza urbana, transporte público, saúde e segurança pública, idosos acima de 60 anos (se não houver realizado o PCR até o 7º dia da doença), pacientes com síndrome gripal que residam no mesmo domicílio de um profissional de saúde ou segurança pública em atividade e pessoas com comorbidades de risco para complicações de covid-19 (cardiopatas, pneumopatas, diabéticos, gestantes de alto risco, doentes renais).
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