Um estudo emitiu um alerta epidemiológico que aponta a retomada em ritmo acelerado no crescimento da Covid-19 na RMVale. Os dados apontaram que o número de novos casos voltou a aumentar rapidamente em novembro.
O estudo foi feito pelo *Comitê Técnico-Científico de apoio ao DRS (Departamento Regional De Saúde) de Taubaté, que é responsável pela RMVale. Segundo os pesquisadores, a pandemia na região se comporta em ciclos e não em ondas, que estão diretamente ligados as medidas de enfrentamento.
“A dinâmica da pandemia na região metropolitana tem consistido em ciclos de aceleração e desaceleração. Não estamos vivendo ondas, mas ciclos ligados às ações de controle das autoridades sanitárias e ao nosso comportamento frente a elas”, afirma o estudo.
Os dados apontam que a partir de julho até setembro houve um aumento agressivo no número de novos casos e óbitos. Depois desse período houve uma desaceleração na pandemia. Contudo, em novembro, os dados voltaram a aumentar de maneira acelerada.
“As curvas atualizadas indicam um novo estágio de aceleração em Novembro. A partir da Evolução das Curvas, a probabilidade de uma retomada em ritmo acelerado da COVID-19 regional não pode ser ignorada”, aponta o estudo.
A partir disso, o Comitê alertou a região para a propagação do vírus durante o período de festas de final de ano. A orientação é que a população siga a risca as medidas sanitárias de prevenção ao coronavírus e que o Governo fortaleça o sistema de saúde.
O Governo de São Paulo já havia identificado um aumento no número de novos casos no estado e determinou a regressão de todas as regiões para a fase amarela do Plano SP.
Por nota, a Secretaria de Saúde informou que o Governo está atento com a situação da pandemia na RMVale. Disse ainda que a ocupação de leitos para Covid-19 está sob controle na região.
“Até ontem (10), a região de Taubaté apresentava taxas de ocupação dos leitos Covid-19 em 48,3% na UTI e 33,2% na enfermaria e, portanto, segue com plena condição de atender os pacientes”, informou a Secretaria de Saúde por nota.
*O estudo foi desenvolvido com base em “dados consolidados oficiais para número de casos confirmados para os 39 municípios da RMVPLN até 30 de Novembro de 2020, utilizando a metodologia proposta em Utsunomiya e colegas (2020) associada às análises internas de Barja (2020) da FEAU – Faculdades de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo da UNIVAP, aos modelos epidemiológicos produzidos pela unidade do Instituto Adolfo Lutz de Taubaté por de Souza (2020) e às análises de conectividade regional e vulnerabilidade metropolitana à COVID-19 produzidas pelo LiSS - Laboratório de investigação em Sistemas Socioambientais do INPE em Nota Técnica (LiSS/INPE, 2020) e atualizadas”.
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