Por Do Meon Em RMVale

Explosão deixa seis operários feridos na Revap em São José dos Campos

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Sindicato realizada assembleia com funcionários após acidente na refinaria

Flávio Pereira/Meon

Uma explosão deixou seis trabalhadores feridos na Revap (Refinaria Henrique Laje), em São José dos Campos, na manhã desta quinta-feira (11). O acidente aconteceu às 11h40 na área de montagem. Dos seis feridos, dois são operários da Petrobras e outros quatro de empresas terceirizadas. 

Das vítimas, quatro são atendidas no hospital Policlin e outras duas no Pronto-Socorro da Vila Industrial. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, um dos funcionários teve 40% do corpo queimado e outro 15%, a maior parte na região do rosto.

De acordo com a equipe médica do Pronto-Socorro, o estado deles é grave, mas não há risco de vida. As vítimas aguardam transferência para uma unidade de especialidade em queimados na região.

Os estado de sáude dos quatro operários atendidos no Policin, ainda não foi informado pelo hospital.

O Corpo de Bombeiros informou que o incêndio já foi controlado e não há risco de nova explosão. A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) foi acionada e há um técnico no local para avaliar os impactos do acidente.

Procurada pelo Meon, a Petrobras confirmou o número de feridos e afirmou que está prestando assistência às vítimas e familiares. Segundo a refinaria, não houve dano ambiental e a unidade opera normalmente. As causas da ocorrência ainda estão em análise. Os primeiros indícios são de que um possível vazamento de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) no setor de montagem tenha causado a explosão.

Assembleia
Após o acidente, o Sindicato dos Petroleiros realizou uma assembleia na portaria principal da fábrica para esclarecer os acontecimentos aos funcionários do turno da tarde. De acordo com o diretor do sindicato, Wesley Bastos, a intenção é tranquilizar os trabalhadores antes do início da jornada.

"Normalmente a gerência quer que a produção volte o mais rápido possível à normalidade e, por isso, pressionam os funcionários a retornar rapidamente ao trabalho. Nossa intenção é de acalmá-los e explicar quais foram as causas do incidente", diz.

O sindicalista aponta que a falha que ocasionou a explosão pode ter relação com um regime de trabalho intenso, imprimido para que a refinaria alcance metas ambiciosas. De acordo com ele, a pressão está ligada ao ano eleitoral.

"Existem funcionários trabalhando há mais de três anos sem férias e que ainda precisam se desdobrar para alcançar metas de produção que são estipuladas para o ano de eleições. Com esse ritmo de trabalho, existe um perigo maior de acidentes", afirma.

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