Por Meon Em RMVale

Flavinho revela 'indignação' e 'surpresa' com menção em planilhas

Deputado teve nome citado por delator; repasse teria sido de R$ 2.099

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Ligado à Renovação Carismática Católica, Flavinho cumpre o primeiro mandato

Flávio Pereira/Meon

O deputado federal Flavinho (PSB) divulgou nota nesta segunda-feira (22) negando qualquer envolvimento com o grupo JBS.

Debutante na política, o parlamentar teve o nome citado em planilhas entregues pelo diretor de relações institucionais do grupo, Ricardo Saud, à força-tarefa da Lava Jato.

As delações da JBS foram homologadas na quinta-feira (18) pelo ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal) --a medida dá validade jurídica ao acordo e permite, a partir de agora, que a Procuradoria Geral da República peça novas investigações com base nos relatos.

Segundo as anotações de Saud, Flavinho recebeu R$ 2.099 do grupo na campanha de 2014, a primeira que disputou. O deputado diz ter recebido a notícia “com muita surpresa e indignação”.

Confira a íntegra da nota enviada ao Meon:

“Jamais recebi qualquer valor da Empresa JBS S.A., tão pouco me relacionei, seja enquanto candidato, seja já como deputado federal com qualquer representante da empresa em questão, em especial com o indivíduo que faz esta ardilosa acusação generalizada, denominado Ricardo Saud.

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O valor de R$ 2.098,50 citado pela reportagem se refere a materiais gráficos (panfletos) que recebi do Diretório Estadual do PSB para a utilização em minha campanha, e que só vim a ter conhecimento das instituições que doaram ao partido ao final das eleições, quando recebi de volta os recibos eleitorais que estavam em posse do PSB para preenchimento e assinatura.

Fundamental lembrar que na época da campanha não ocupei nenhum cargo ou tarefa na estrutura partidária, visto que sou iniciante na política e, ainda hoje, sempre procuro me distanciar desta estrutura partidária realmente viciada e carente de mudanças urgentes. Sendo assim, não tive nenhum conhecimento ou autonomia no financiamento e custeio dos materiais que eram de estrita, total e exclusiva responsabilidade do partido e de seu tesoureiro.

Se as doações recebidas pelo partido tiveram qualquer vício, há que ser devidamente investigado e os responsáveis, punidos exemplarmente. Minha conduta integra, ética e transparente ao longo desses quase dois anos e meio de mandato tem demonstrado com fatos concretos que não tenho amarras com ninguém, a começar do meu próprio partido, o PSB.”​

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